tag:blogger.com,1999:blog-55643407074673995892024-02-18T22:39:34.388-08:00Metamorfoses HumanasPor que hoje eu não sou a mesma de ontem e amanhã não serei a mesma de hoje... E nem mesmo poderia tentar sê-lo, se já não sou a mesma de um segundo atrás...Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-69303773074746339842015-09-10T20:43:00.001-07:002015-09-10T20:43:43.773-07:00A DETERMINAÇÃO DE DEIXAR DE EXISTIR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Wl4mPoSGhwT6nbmU0Z8U8xwUh9_RG029AkzhiijnjWFjRFD8sTjC5NiT03Kv1Xuhk_jLOlydSUy8bg54xAAiqtT94Dfxw8AMtJ7imcl1MDt5q1ikwlsS3bKr-RZ1_HlopPGViAE5iiyl/s1600/suicidio14.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: white;"><img border="0" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Wl4mPoSGhwT6nbmU0Z8U8xwUh9_RG029AkzhiijnjWFjRFD8sTjC5NiT03Kv1Xuhk_jLOlydSUy8bg54xAAiqtT94Dfxw8AMtJ7imcl1MDt5q1ikwlsS3bKr-RZ1_HlopPGViAE5iiyl/s200/suicidio14.jpg" width="200" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Se você está lendo esse
texto é por que nunca sofreu o suficiente para tirar a sua própria vida. Talvez
sim. Talvez tenha desejado, talvez tenha tentado dar fim à sua própria
existência e, se for o caso, não atingiu o seu objetivo. Se você já passou por
isso, sabe que tipo de dor insuportável é essa que às vezes se torna maior que
o desejo de viver. Sabe também a determinação que é necessária para ir contra o
mais ávido ímpeto: o de sobrevivência. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Como é fácil para
algumas pessoas julgar aquelas que desejaram um dia morrer por suas próprias
mãos. Chamam-nas de "covardes". Há uma crença popular de que aquele
que toma esse tipo de iniciativa é uma pessoa incapaz de assumir as
responsabilidades que a vida lhe impõe. Acredita-se que a pessoa foge da sua
realidade, que não tem força suficiente para sustentar os infortúnios da vida.
Entretanto, é até mesmo difícil se colocar no lugar daquele que desesperou. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Desesperar é perder as
esperanças. Desesperar é deixar de esperar que as coisas mudem e, claro, que
mudem para melhor. Quem não mais espera, não deseja mais investir, não deseja
mais apostar, não deseja mais lutar, recomeçar, acreditar. Que não espera, não
anda para frente, não vê perspectiva, atolou-se num passado que já fracassou e
que não mudará, que está escrito e determinado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Quando alguém que
amamos atenta contra sua própria vida, passamos a viver um medo contínuo de
perdê-la. Entramos em conflito com nossos sentimentos: ao mesmo tempo que nos
preocupamos, também sentimos raiva. Ao mesmo tempo que desejamos acolher,
desejamos desprezá-la. Ao mesmo tempo que desejamos oferecer a ela nosso amor,
desejamos não mais amá-la e, com isso, não sofrermos a perda que passa a se
tornar iminente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Uma atitude como a do
autoextermínio em geral não tem um motivo. Não se trata de um ato isolado,
necessariamente. É preciso compreender a pessoa na sua plenitude, colocar-se em
seu lugar para entender sua motivação. Ainda assim, na solidão da existência
humana, jamais poderemos viver a sua dor precisamente como ela aparece àquele
que deseja não mais viver. Para tanto, seria preciso que vivêssemos a sua
história e, ninguém mais senão ela mesma poderia vivê-la. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Tento imaginar que dor
é essa que faz uma pessoa desejar tão ardentemente deixar de existir. Que dor é
essa que a faz ver tão insignificante aquilo que se construiu. Que dor é essa
que a faz acreditar que o sofrimento daqueles que ela ama vale a pena. Quanto
poder tem essa dor. E ela não está em nenhum outro lugar senão naquele sofre. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Somos tão cheios de
teorias sobre como nos comportaríamos em dadas situações, mas quando foi a
última vez que você fez alguma coisa que saiu exatamente conforme o seu
planejamento? Quando foi a última vez que você viveu uma certa situação pela
primeira vez e se sentiu ou se comportou precisamente como na sua imaginação? A
cada nova experiência nos tornamos alguém que não poderíamos prever. Assim,
como não podemos afirmar com segurança como nos conduziríamos numa situação
corriqueira, jamais poderemos afirmar com convicção como nos conduziríamos se
vivêssemos a vida de outra pessoa.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Provavelmente muitos de
nós se estremece ao imaginar sua vida ameaçada por um agente externo. Temos
medo da morte! Tememos a incerteza daquilo que não conhecemos. Sentimos
angústia diante do desconhecido. E por mais que as experiências espirituais de
algumas pessoas as façam crer convictamente no que há após a vida, grande parte
dos homens ainda vive a incerteza. Logo, difícil é não temer a morte. Imagine,
então, o denodo necessário para ir na direção contrária e ser o agente da
própria morte. Imagine o tamanho dessa dor que faz preferir o absoluto incerto
a conviver com essa velha conhecida. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Que tristeza deve ser
sentir-se sem saída. Entretanto, há sempre uma perspectiva que talvez não tenha
sido contemplada, uma ajuda que não foi oferecida um acolhimento que não foi
dado. Não cabe a nós julgar. Cabe a nós acolher, compreender, auxiliar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">Torço para que tenhamos
sempre a disposição de ajudar o outro a vislumbrar possibilidades outras que
caibam em vida. Creio que podemos sempre contribuir para que se expanda no
outro o desejo de tentar mais uma vez.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 6px;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]-->
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>EN-US</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>JA</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
<w:UseFELayout/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="276">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]-->
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Table Normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:Cambria;
mso-ascii-font-family:Cambria;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Cambria;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style>
<![endif]-->
<!--StartFragment-->
<!--EndFragment--></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none; text-indent: -36.0pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: Helvetica;"><span style="color: white;">“A dor do outro não é minha. Mas ela me dói.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 6px;">
<span style="color: white;"><br /></span></div>
<div style="font-family: helvetica, arial, sans-serif; line-height: 19px; margin-bottom: 6px;">
<span style="color: white;">10 de Setembro. Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.</span></div>
Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-55214914097807758212015-07-01T20:08:00.002-07:002015-07-01T20:10:46.764-07:00DEIXAR DE SENTIR É DEIXAR DE VIVER<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="color: yellow; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Posso
resumir o sentido da minha profissão com uma palavra: relação. É a partir da
relação que estabeleço com as pessoas que cruzam seus caminhos com o meu, que
posso ajudá-las. Munida do desejo de compreender, aceitar o outro e me colocar
no lugar dele com toda a empatia que consigo mobilizar, posso fazê-lo
enxergar-se refletido em mim. Entendo que o meu papel na relação que
construímos é a síntese entre o que diz sua boca e fala o seu corpo, é a
síntese entre o que se pensa e o que se sente, entre o que se diz e o que se
faz, entre o que se vê e o que se vivencia, e assim por diante. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="color: yellow; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nos
últimos meses tenho percebido que, com bastante frequência, a minha empatia
falha. O meu trabalho de síntese por vezes não acontece, ou por vezes acontece
com menor precisão. Isso não apenas no meu consultório, mas principalmente em
outros contextos. Na tentativa de compreender este fenômeno, me pus a observar
as pessoas ao meu redor e identifiquei evidências de um fato que não é novo,
mas com o qual eu ainda não havia me deparado tão de frente. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="color: yellow; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Observei
nesses últimos meses que o número de amigos que se encontram em situações de
tensão, de estresse, de abalo emocional, de conflitos, etc., está maior do que
sempre esteve. Talvez seja uma grande coincidência que muitos estejam vivendo
momentos tão difíceis simultaneamente, mas não é isso que vem ao caso. O que me
chamou à atenção é que muitos deles recorrem ao uso de medicação psiquiátrica
como tentativa de aliviar as dores que estão experimentando. Observo que
existem por aí homens e mulheres com o ímpeto de serem mais do que conseguem e,
por não saberem lidar com a frustração de não serem o que pretendiam, recorrem
ao uso de medicamentos psiquiátricos que vão abafar um pouco da sua humanidade
e fazer deles um pouco máquinas.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="color: yellow; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Frequentemente
as pessoas querem, por exemplo, se desdobrar em dois empregos ao mesmo tempo
que querem estudar, entrar em forma, preparar o casamento, preparar a
formatura, lidar com os problemas da família, os conflitos do relacionamento e
por aí vai... E o mais impressionante é que não se contentam em ter um
desempenho mediano em nenhuma dessas missões. Precisam ser intocavelmente
perfeitas. Por isso mesmo, ao primeiro sinal de que o fardo está difícil de ser
suportado, ao primeiro sintoma de estresse, de tristeza, de abatimento, de
estafa, a solução é sempre buscada num consultório psiquiátrico. E o médico
nunca falha! Nunca soube alguém que tivesse saído do consultório de um
psiquiatra dizendo que ele não receitou nenhuma medicação por não identificar a
necessidade. Aliás, acho que se assim ocorresse, os pacientes sairiam de lá
decepcionados, frustrados, enraivecidos. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="color: yellow; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Muito
recentemente vivi alguns momentos difíceis. Nada que muitas das pessoas que eu
conheço já não tenham vivenciado, mas na minha experiência foi algo que mexeu
profundamente com a minha estrutura. Mudar nunca é fácil. Em alguns momentos
quis muito que houvesse uma maneira saudável de me entorpecer para que as dores
da alma sumissem. Foi aí então que ouvi de diferentes pessoas: “Procure um
psiquiatra. Estou tomando um ansiolítico que está me fazendo muito bem. Desde
que comecei a tomá-lo passei a dar menos importância a determinadas coisas da
minha vida”. Ou então: “Eu também era bastante resistente ao uso dos
psicofármacos, mas minha vida mudou depois deles. Não me aborreço mais com
pequenas coisas”. Por um instante eu pensei em aderir à nova moda. Afinal, eu
queria tanto parar de sentir algumas coisas. E foi justamente aí que eu me dei
conta do que eu estava desejando: parar de sentir.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="color: yellow; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não é
novidade para ninguém que a vida é feita de escolhas. Fazer escolhas não é
apenas eleger, das infinitas possibilidades, aquela que melhor atende à sua
necessidade ou desejo. A todo momento estamos escolhendo: escolhemos se tomamos
café ou suco, se viramos à esquerda ou à direita, se trabalhamos ou se
descansamos, se estudamos psicologia ou filosofia, se casamos ou permanecemos
solteiros... A cada escolha que fazemos também escolhemos do que iremos abrir
mão. Em outras palavras, escolher também é deixar de ganhar. E a verdade é que
nunca temos a garantia que estamos fazendo a escolha certa. Isso causa angústia
e, justamente por isso, as pessoas não querem mais escolher. Querem tudo!<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="color: yellow; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O
problema nem é o desejar ter tudo, fazer tudo, ser tudo. O problema é escolher
assumir tudo ao mesmo e não estar disposto a lidar com as consequências dessas
escolhas. As pessoas querem trabalhar em dois empregos e não sentirem cansaço.
Querem se relacionar sem brigar ou discutir, sem sentir raiva ou frustração.
Querem fazer um casamento sem se estressar com os detalhes. Querem se formar
sem sentir a angústia de ter de encarar o mercado de trabalho. A suposta boa
notícia é que a tecnologia farmacêutica descobriu uma forma de nos fazer parar
de sentir. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="color: yellow; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Volto
agora ao meu argumento inicial. A minha empatia falha quando o outro não sente.
Como posso me colocar no lugar do outro e tentar sentir o que ele sente se nem
ele mesmo sabe se sente? Há uma incoerência, uma falta de conexão entre o que
diz a boca e o que fala o corpo, entre o que se sabe e o que se sente, entre o
que se vê e o que se vivencia. As pessoas passam a entender o que as comove, o
que as indigna, o que as angustia, mas não sentem mais comoção, indignação,
angústia ou qualquer outro sentimento.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: yellow; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A dor
psicológica, o sofrimento da alma é algo tão natural e humano, e que serve para
nos mostrar os nossos próprios limites. Nos dá evidência daquilo que somos, do
que nos corresponde, do que suportamos, do que nos realiza, do que amamos, com
o que nos entusiasmamos. Por que, então iríamos querer tamponar aquilo que nos
faz quem somos? Assim como sentimos ardor ao nos aproximarmos do fogo, sentimos
medo quando lidamos com o que nos angustia. Quem quer aprender a andar, terá
que suportar a dor de alguns joelhos ralados nas quedas. Quem deseja crescer,
amadurecer, aprender a viver, terá de suportar as dores da consciência de si se
alargando. Deixar de sentir é deixar de viver.</span></div>
</div>
Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-10595959710531389822014-12-12T10:20:00.001-08:002014-12-12T10:33:37.776-08:00MARIDO DE BISCUIT<div class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Como psicóloga, aprendi que o desenvolvimento humano se divide em fases pautadas no desenvolvimento cognitivo, fisiológico, psicológico, etc. Na prática, eu vejo um pouco diferente. Percebo que o desenvolvimento humano também é marcado por eventos. Há um período da vida em que nos encontramos com os amigos para contar sobre os presentes que ganhamos de aniversário, depois para falar sobre festas de 15 anos, mais tarde para contar sobre o primeiro namorado, que terminamos o Ensino Médio, que passamos no vestibular, que terminamos a faculdade, que estamos noivos, que nos casamos, que tivemos filhos, alguns que se separam, outros que se casam novamente, que aposentamos, que perdemos amigos queridos levados pelo tempo, dentre outros eventos. Eu estou vivendo a fase em que encontro com os amigos e eles contam que vão se casar. Uns estão grávidos e outros até já tiveram filhos... E é assim que vou percebendo que o tempo está passando para mim também.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Muitos sabem que sou psicoterapeuta. Todos os dias, já há algum tempo, recebo em meu consultório pessoas das mais diversas origens, em busca do autoconhecimento, do desenvolvimento pessoal, vivendo toda sorte de situações e infortúnios e com todo o potencial para superar obstáculos e atingir seus objetivos. Fato observado é que um número muito maior de mulheres do que de homens procura e adere à psicoterapia. Entretanto, foi conversando com um dos poucos homens que atendo que cheguei à reflexão que trago aqui hoje.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">É sabido que a fertilidade da mulher se reduz significativamente após os 30 anos de idade. Fato fisiológico. Coincidentemente ou não, ao aproximarem-se dessa idade, algumas mulheres que ainda não se casaram ou não encontraram um parceiro e que não tem perspectiva de casamento, começam a entrar em verdadeiro desespero e vão ferozmente à caça do marido perfeito. É claro que não é possível generalizar. Estou falando de um padrão que percebo na minha vida pessoal e profissional.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Entretanto, essa busca é muito mais complexa do que a busca por um marido. Em geral, é a realização de um sonho. Já perdi as contas de quantas vezes eu ouvi a frase: “Que mulher não sonha em se casar?”. Da mesma forma, já não sei quantas vezes ouvi: “Que mulher não sonha em ser mãe?”. Bom, eu sei que existem exceções e que não são tão poucas assim. Entretanto, exceções não definem padrões. O “sonho” é, na verdade, de se casar de papel passado, com cerimônia na igreja, depois morar numa casa com quintal, ter um cachorro, um casal de filhos e um marido.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Penso eu que a inspiração desse sonho pode ter vindo de uma daquelas vezes em que elas estavam assistindo ao programa da Ana Maria Braga ou folheando a Marie Claire na recepção do consultório da ginecologista. Fato é que esse sonho foi ensinado à maioria das mulheres. Assim, o mercado do casamento se alimenta com fome voraz bem como o mercado da maternidade, o de design de interiores, o imobiliário, e assim sucessivamente. Mas meu ponto ainda não é esse. O buraco é bem mais embaixo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">O ideal da vida perfeita inclui o parceiro perfeito. Ele precisa ser bonito, bem sucedido, ambicioso, rico, afetuoso, que esteja disposto a dedicar-se plenamente à esposa e aos filhos. O problema dos ideais é que frequentemente eles estão apenas no plano das ideias e pouco se relacionam com a realidade de fato. O que acontece, então, com os relacionamentos permeados por esses ideais? Causam expectativas frustradas, decepções, conflitos, brigas, separações.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Não há mal nenhum em desejar um parceiro que atenda a todos os pré-requisitos listados acima. O problema é alimentar a esperança de que esse marido aparecerá. O problema é permanecer no mundo da fantasia. Infinitas coisas podem acontecer: pode-se desejar tão ardentemente encontrar o marido dos sonhos que se irá enxergar no parceiro encontrado características que ele não possui ou ainda acreditar que ele possa desenvolver as características necessárias para satisfazer as demandas que a mulher criou, o que pode gerar frustrações. A mulher pode encontrar um parceiro que a ame, a acolha, a aceite, a respeite, mas que, por não possuir os atributos ideais, será ignorado. Pode-se encontrar o marido perfeito, mas pode ser que ele esteja buscando por uma mulher diferente daquela que o idealizou. Pode-se passar a vida sem encontrar o marido ideal e viver pelo resto da vida o sentimento de fracasso e frustração por não ter realizado esse sonho construído de acordo com um ideal sugerido socialmente.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Afinal, de que se está em busca? De um marido de biscuit, que enfeite a sua vida como os noivinhos de um bolo de casamento, ou de uma pessoa real? Busca-se alguém que se adeque aos seus sonhos ou alguém com quem se possa construir sonhos? Busca-se alguém que funcione de acordo com as suas expectativas e com os seus ideais, ou alguém que lhe possa surpreender?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">O óbvio precisa ser lembrado para não ser esquecido: pessoas reais não são perfeitas. Homens reais tem receios, medos, manias, hábitos, limitações. Pessoas reais podem não ser bonitas, podem não ser bem sucedidas, podem não ser ricas, podem não ser ambiciosas, podem não ser carinhosas, compreensivas, afetuosas o tempo todo. A pergunta que devemos nos fazer é: eu consigo aceitar essa pessoa do jeito que ela é? Eu posso compreendê-la no seu jeito de ser? Posso amá-la com seus defeitos? Posso tolerar as frustrações e decepções das minhas expectativas sobre ela?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Nada na vida é garantido e seguro. A vida é um constante risco. Nada nos garante que permaneceremos os mesmos (e tomara que não), que o outro permanecerá o mesmo, que nós teremos os mesmos objetivos, que a nossa vida terá sempre o mesmo sentido, que o outro continuará a atender às nossas expectativas e que nós continuaremos a atender às dele. Relacionamentos sempre começam bem, mas podem não terminar tão bem. Ninguém se casa com a intenção de se separar, mas tudo pode acontecer. Ninguém pode prometer que amará o outro pelo resto de sua vida, ou que conseguirá tolerar determinadas coisas por todo o sempre. “Até que a morte nos separe” é uma utopia!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">O que podemos prometer é que iremos tentar. Que faremos um exercício constante de tolerância às diferenças, de aceitação, de concordância, de coerência. Mas, enquanto seres humanos, estaríamos mentindo se déssemos a garantia de que conseguiríamos tudo isso. O amor ilude. Por essa razão, o que podemos fazer, é cuidar do agora. Devemos renovar o nosso projeto de uma vida conjunta a cada dia, e um projeto não se consolida no final. No final o que temos é o resultado. O projeto é a visualização da maneira como achamos que uma coisa tem que ser e que podemos fazer pequenas mudanças, quando acharmos necessário, ou podemos recomeçar a qualquer momento.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Como podemos, então, acreditar que a vida nos dá fôrmas e que nós devemos nos adequar a elas? Nós construímos as nossas fôrmas de acordo com a nossa história e com as nossas exigências. Contudo, a melhor fôrma é aquela flexível: aquela à qual podemos nos adequar, mas que também cede ao nosso formato.</span></span></div>
<span style="color: white;"><span class="im" style="font-family: arial, sans-serif;"></span><span class="im" style="font-family: arial, sans-serif;"></span><span class="im" style="font-family: arial, sans-serif;"></span><span class="im" style="font-family: arial, sans-serif;"></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; line-height: 19.200000762939453px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;"><span style="color: white;">Passamos a vida desejando ser aceitos como somos. Almejamos encontrar pessoas que não nos digam como ser, como fazer, como agir, como viver. Queremos encontrar um espaço em que possamos ser nós mesmos, sem ser julgados. Isso torna incoerente o desejo que às vezes temos de buscar alguém a quem poderemos impor como ser, como fazer, como agir, etc., para satisfazer a nossa vaidade, alcançar nossos objetivos, atender às exigências, sociais, sentirmo-nos adaptados. A maior busca de um ser humano é ser reconhecido como sujeito, não como objeto. Por que, então, trataríamos nosso companheiro como um noivinho de biscuit? Queremos um parceiro? Ou queremos um robô? Queremos um dia-a-dia que nos traga realizações cotidianas ao lado de alguém real? Ou queremos exibir o álbum de fotografias do nosso suntuoso casamento num chá da tarde com as amigas? Queremos dias de uma vida real com problemas reais ao lado de uma pessoa real? Ou queremos brincar de faz-de-conta com a vida perfeita e o príncipe encantado? Queremos muitos momentos de pequenas realizações sem glamour, sem frescuras, com pijamas e filmes na TV? Ou queremos apenas um evento com um vestido de noiva reluzente e ostentoso para que depois os outros possam dizer o quanto somos sofisticadas? Queremos uma vida de verdade? Ou queremos uma vida de novela da Globo?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 24px;">Ainda reside em mim a esperança de que as mulheres dos nossos tempos consigam olhar para si mesmas e reconhecer qual a sua verdadeira busca, qual o real significado de um matrimônio, de uma união, de um relacionamento, da maternidade. Que elas </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 24px;">consigam amar pessoas reais e não pessoas ideais. Que elas possam escolher casarem-se ou não, libertas da necessidade de satisfazer a expectativa do outro. Que elas sejam autenticamente felizes e realizadas nas suas exigências e não nas exigências alheias.</span></span></span></div>
Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-1464226659472924812012-11-27T10:50:00.002-08:002014-12-18T09:58:56.221-08:00NA PROFUNDIDADE DAS PROFUNDEZASNadar em águas rasas não tem graça!<br />
Eu prefiro me aventurar nas águas profundas... Daquelas que não dá para ver o fundo, que não dá para saber o que a gente vai encontrar no caminho.<br />
Às vezes, no meio dos corais, aparecem tubarões. Eu posso enfrentá-los, posso me esconder, posso fugir. Eu fico com a primeira opção. Prefiro acreditar que eles estão protegendo algum tesouro.<br />
Eu gosto é de ser persistente. Eu quero o meu tesouro!<br />
Acontece de no meio do caminho a gente sentir medo, vontade de voltar, mas eu quero CORAGEM! Coragem para mergulhar!<br />
Se tiver companhia, melhor ainda! Mas para mergulhar comigo, tem que ser no escuro! Por que no escuro tudo é imprevisível... Para mergulhar comigo tem que acreditar, confiar!<br />
Cansei de águas rasas! Quero um oceano! Um oceano cheio de vida.<br />
Mas não quero romance, com sereias e peixes-palhaços. Quero uma aventura, com todo tipo de sentimento. Por que eu não tenho medo de sentir...<br />
O que eu mais quero é sentir.<br />
E não quero sentir com a cabeça e nem com o coração. Eu quero sentir com o corpo inteiro!Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-52743535485360238142012-03-12T19:33:00.002-07:002012-11-27T09:42:20.794-08:00FEITA DE QUÊ?<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Dentro de mim borbulha um ser ávido por viver...</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Um ser que é feito de riso e de lágrima.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Que é feito de raiva e afeto.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Que é feito de som e silêncio.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Que é feito de toque e distância.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Que é feito de calma e euforia.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Que é feito de dor e amor.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Que é feito disto e daquilo.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">E não pode ser verdadeiro se não for tudo isso e muito mais.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">E não pode ser inteiro se não for nada disso e nada mais.</span>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-1342329947987308112011-11-03T05:34:00.000-07:002011-11-03T05:36:15.614-07:00ELE FOI EMBORA<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ele foi embora. E, literalmente, descansou. Alexandre Duarte saiu de cena, arrancado brutalmente do nosso convívio. Não, Não foi fácil. Aliás, nada em sua vida foi fácil para ele.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sua vida foi intensa. Foi tão tensa como o seu ser, tão ativa quanto o seu intelecto e tão grande como o seu corpanzil de quase 200 quilos e o seu extraordinário coração.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sociólogo, ativista, comunista, humanista Alexandre Duarte foi um professor revolucionário e inovador, que jamais se acovardou ou recuou diante das pressões.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Com seu método impar e ousadia incomparável arrostou barreiras e abalou estruturas. Incomodou tanto que tornou impossível continuar. Perdeu a cátedra, não perdeu a dignidade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Jamais me esquecerei daqueles nossos papos malucos e deliciosos madrugadas afora.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Meu velho e querido amigo, parceiro e companheiro de tantas jornadas se foi. Deixa saudade, muita saudade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Saudade daquele homenzarrão capaz de despir-se por completo para vestir e agasalhar um estranho. Sinto-me órfão daquele gordo que, com a respiração sempre entrecortada pelo peso que carregava, não tinha limites para ajudar ninguém. Nem a matemática era qualquer empecilho. O seu dinheiro era de quem precisasse. E se não o tivesse mais, dava sempre um jeito.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O jeito Alexandre Duarte de ser e de viver. Confuso, turbulento, dinâmico, intenso, mirabolante, mas autentico, carismático, cheio de amor pelo outro.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como esquecer aquele companheiro que, por volta da meia-noite, abandonou o conforto e a segurança de seu lar para socorrer-me quando meu carro, apanhado por uma tempestade, foi totalmente engolido pela lama que o soterrou. Chovia torrencialmente. E ele ficou ali, vigilante, disponível, com o barro até a cintura, até que o meu carro fosse resgatado, enquanto eu cuidava de minha mulher.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como não me lembrar das dezenas de cadeiras dos postos fiscais, das viaturas e até dos escritórios dos contribuintes que não resistiram ao seu peso.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Alexandre Duarte honrou a palavra amigo. Tornou seus filhos filhos de outros, até de papel passado. Sua casa refletia o dono. Quem ali acorresse não passava nem fome, nem frio. Crianças, adultos, vizinhos, amigos, parentes e até estranhos se misturavam sôfregos e barulhentos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sua saúde vinha se esvaindo dia após dia. O cérebro, imune ao mal físico que o consumia, continuava prenho de ideias e de energia.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ninguém desafiou tanto a tudo e a todos quanto Alexandre Duarte.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Faço minhas as palavras de sua filha Juliana: quem o conheceu sabe a grandeza e a bondade deste idealista nato.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Adeus velho e querido amigo.</span><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=5564340707467399589&postID=134232994798730811&from=pencil" name="thumbs"></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">From: </span><a href="mailto:guaramax@uol.com.br" style="background-color: white; color: #0065cc; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px;" target="_blank">guaramax@uol.com.br</a></div>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-81074569804896738772011-08-23T04:57:00.000-07:002011-08-23T04:57:35.203-07:00EngasgoOs olhos caídos<br />
Na janela se apoiavam<br />
O pensamento vívido<br />
Com palavras que voavam<br />
<br />
O som límpido<br />
Nos ouvidos mortos<br />
O coração partido<br />
Como se tivesse ossos<br />
<br />
A fumaça do mais saboroso cigarro<br />
Levava ao vento<br />
Os sentimentos amargos<br />
Que a saudade tenta<br />
<br />
Lágrimas secas<br />
Lembranças frescas<br />
Arrependimento lúcido<br />
Amor físico<br />
<br />
O que se busca<br />
Não se sabe<br />
Mas a tristeza que ofusca<br />
É certa e abate<br />
<br />
Esperança não é mais nome<br />
O que se quer não interessa<br />
De paixão se tem fome<br />
Mas coração não se pesca<br />
<br />
A angústia é certa<br />
Não há consolo<br />
A palavra não conserta<br />
Não há remédio para o choro<br />
<br />
Choro que engasga<br />
Melancolia que sufoca<br />
Entrega que não se paga<br />
Nem com corpos e bocas<br />
<br />
Morreu nos pedaços de papel<br />
Sucumbiu na espera<br />
Nem ao menos foi ao céu<br />
Definhou na Terra.Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-67011449154937487812011-07-18T11:00:00.000-07:002011-07-18T11:01:51.934-07:00Minha Filosofia - Sou humanista?<a href="http://2.bp.blogspot.com/-T9pZbZ8NFm8/TiR1Cr1RPRI/AAAAAAAAAKI/V99dlAg6F6A/s1600/LoreHumanismo.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 136px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-T9pZbZ8NFm8/TiR1Cr1RPRI/AAAAAAAAAKI/V99dlAg6F6A/s200/LoreHumanismo.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630754123106303250" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Considero os conceitos centrais da moral humanista importantes e belíssimos. Acredito que para habitarmos um mundo mais harmônico e coerente é preciso respeitar os direitos humanos, uma vez que todos somos seres de dignidade e que merecemos assim ser considerados. Acredito que nenhum homem é pleno se não for autônomo e somente consegue sê-lo se houver dignidade. Havendo autonomia, há liberdade. Liberdade para ser e fazer o que lhe convier, para se auto-determinar, ditar suas próprias leis dentro de suas limitações circunstanciais e com a responsabilidade de preservar a si mesmo e preservar o outro. Um homem, então, apenas se auto-realiza se sua autonomia prevalecer, se conseguir exercer a sua liberdade com responsabilidade e tudo isso acontece havendo a garantia dos seus direitos humanos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Creio em tudo isso. Mas também creio que se a humanidade vive a desilusão de uma utopia, de um sonho que não se concretizou, eu compartilho em muitos momentos dessa desilusão. Talvez por minhas experiências pessoais, continuo a crer no poder das relações consumistas e em sua força corrosiva. Sinto-me perdida numa causa que, em muitos lugares onde me encontro, tenho a impressão de que ela seja somente minha. Acredito nos conceitos centrais da moral humanista como aqueles que norteiam a minha conduta e que, muitas vezes reverberam naqueles que me são próximos. Mas não ecoam em todos os que me cercam.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Acredito no homem como um ser pleno em potencial, capaz de desenvolver ilimitadamente. No entanto, não acredito que todos os homens vejam a si mesmos como seres de infinitas possibilidades e acredito que o sistema de relações consumistas abafe sua percepção para essa condição. Fica então um questionamento incessante sobre como devo ser uma facilitadora na emergência dessa consciência de liberdade, dignidade e responsabilidade, não apenas àqueles que chegam ao meu consultório ou que perpassam minha vida profissional, mas também àqueles que cruzam meus caminhos pessoais e íntimos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Confio na capacidade do homem de respeitar a liberdade do outro, à medida que reconhece sua própria liberdade. Contudo, delinear essa liberdade é para mim um desafio constante. Compreender minhas limitações me exige um exercício cotidiano e uma reflexão infindável. Tendo a subestimar os limites da minha liberdade e por isso mesmo, muitas vezes supervalorizo os limites da liberdade do outro. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Compreendo-me como uma pessoa muito racional, e esse excesso de racionalidade me leva a justificar muitas de minhas experiências, me impedindo de vivê-las plenamente. Entendo que meus limites hoje estão, assim, muito mais relacionados às minhas barreiras interiores do que às possibilidades das minhas circunstâncias. Atualmente, na minha busca de auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal, viso romper algumas das minhas limitações tão íntimas e perder o receio de me entregar aos sentimentos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >A auto-realização se constitui em viver plenamente a liberdade, a responsabilidade, a autonomia e a dignidade que fundamenta os direitos humanos, e, a partir disto, encontrar um sentido para a existência. Por que estou aqui? Por que vivo? Para que vivo? O que significa ser homem? O sentido de cada qual não é imutável. Ele está para as mudanças que se fizerem ao homem, que por sua vez abre-se à possibilidade de auto-transformação. Penso que hoje o sentido da minha existência está em possibilitar aos outros encontrar o sentido de sua própria existência. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Ainda que eu veja a beleza da flexibilidade humana de se mudar o sentido da vida, esse fato me deixa insegura e me faz questionar, então, se o sentido da minha existência é de fato um sentido. O que, por sua vez, me faz notar minha compreensão do sentido como uma idéia de conclusão: apenas saberei o meu real sentido, quando minha vida estiver por se encerrar. Ao mesmo tempo, me confronto ao acreditar que posso, então, morrer sem saber o meu verdadeiro sentido. Posso mesmo me auto-realizar?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Acredito que hoje eu me auto-realizo. Mas posso me auto-realizar ainda mais? Se posso, significa que minha auto-realização hoje não é legítima?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Existem reflexões que libertam e existem reflexões que fazem doer. Creio que as minhas reflexões atuais mais fazem doer do que libertam.</span><span class="Apple-style-span" ><o:p></o:p></span></p>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-60327202759352306062011-07-07T08:48:00.000-07:002014-05-20T15:06:51.986-07:00PARA O HOMEM QUE EU AMO...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7nB-w-VNLC8h5Ham4IBW9H7pycknOStKDbOq9RXM0nBBCudfH1NZV50pmBlxRpr6R2Vd5op3ugDAA1ieaa1VgPsSafbN_ts7EsCa1TcwRWxO9X-Yyt5-FmV1D4x7t5_tRiJJq3Cf0g1Q/s400/mulher+sorrindo.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7nB-w-VNLC8h5Ham4IBW9H7pycknOStKDbOq9RXM0nBBCudfH1NZV50pmBlxRpr6R2Vd5op3ugDAA1ieaa1VgPsSafbN_ts7EsCa1TcwRWxO9X-Yyt5-FmV1D4x7t5_tRiJJq3Cf0g1Q/s400/mulher+sorrindo.JPG" style="cursor: hand; cursor: pointer; float: left; height: 240px; margin: 0 10px 10px 0; width: 282px;" /></a><br />
<div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">"Eu não te amo por que preciso de você.</span><br style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Eu te amo por que te quero.</span><br style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">E eu te quero por que quando eu estou com você eu não me sinto completa.</span><br style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Eu te quero por que com você me sinto acrescida!</span><br style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;" /><span style="font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">Eu te amo por que com você não sou melhor, sou maior. </span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;"><br />Eu te amo por que com você, somos muito mais do que dois.<br />Eu não te amo por que você atende as minhas expectativas.<br />Eu te amo por que eu gosto que você me surpreenda.<br />Eu te amo por que você não faz esforços para ser quem eu gosto, você também é quem eu não gosto.<br />Eu te amo por que quando você é quem eu desgosto eu sinto que amo uma pessoa e não uma idéia.<br />Eu te amo por que você não é meu e eu não sou sua.<br />Eu te amo por que posso ir embora.<br />Eu te amo por que você não me pede explicação, você me aceita.<br />Eu te amo por que sem você permaneço eu mesma.<br />Eu não te amo por que você me ama.<br />Eu te amo por que te amar foi a melhor escolha que eu já fiz.<br />Eu te amo por que você nunca me pediu que te amasse.<br />Mas me amou mesmo assim..."</span></span></div>
Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-45066508399712453362010-12-01T08:20:00.000-08:002010-12-01T08:29:42.549-08:00TEMPOS...Existiu um tempo em minha vida em que era lindo ver a Lua da meia-noite. Ela ficou monótona...<br /><br />As madrugadas passaram a ter o seu charme... E o amanhecer era como cruzar fronteiras.<br /><br />Depois vieram as graças das manhãs, e os primeiros raios de Sol tiveram o brilho mais bonito. As tardes não passavam de avisos para o pôr-do-Sol que amadurecia, homenageando a Lua que se irrompia.<br /><br />Começo a entender o amanhecer e a me despedir do anoitecer...<br /><br />Toda vida tem seus tempos e os tempos compõem uma vida.<br /><br />Tudo nasce, mas a única certeza é de que tudo se finda. Todo fim é um luto e o que se segue a ele é o desabrochar de um novo tempo.<br /><br />Somo ciclo, em espiral... Somos lindos e finitos.Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-61803671922154758112010-07-03T22:33:00.000-07:002010-07-03T23:00:36.531-07:00Amigos, amigos. Negócios à parte.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRDGEaMcCikeqOR7onWUV_mgpo72SonOzNrX5CLxh3iQ37Qkx4MOmEOiOGjuAOpwiHX9KkVzi-hBJYU8zzxl4etU1k_3HQyDdQiyO-uYThULM4gsydg3zDv-JrdilmiRArKTb0bNgYoopU/s1600/37.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 146px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRDGEaMcCikeqOR7onWUV_mgpo72SonOzNrX5CLxh3iQ37Qkx4MOmEOiOGjuAOpwiHX9KkVzi-hBJYU8zzxl4etU1k_3HQyDdQiyO-uYThULM4gsydg3zDv-JrdilmiRArKTb0bNgYoopU/s200/37.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489923248554870514" /></a>Quando F. conheceu D. eles eram colegas de classe no segundo ano colegial. Eram dois garotos como outros quaisquer. Gostavam de esportes, falavam de garotas, matavam aula juntos, brincavam de queda-de-braço, comentavam sobre carros... Eram bons amigos. Mas as circunstâncias da vida os fizeram se separar. Os anos se passaram, F. se tornou advogado e D. se transformou num empresário de sucesso.<br /><br />Dez anos mais tarde, numa sexta-feira aparentemente corriqueira, quando D. saía do restaurante acompanhado por uma bela mulher, viu F. sentado numa mesa também acompanhado por um linda ruiva que não deixava nem um pouco a desejar. D. não resistiu à coincidência e foi em sua direção. F., não menos surpreso e agradado com o encontro, levantou-se da mesa e o cumprimentou. Ali mesmo conversaram por alguns minutos, relembraram fatos e trocaram contatos.<br /><br />Alguns dias depois saborearam a companhia um do outro num almoço agradável e nostálgico. Passaram horas recordando a adolescência muito bem aproveitada e compartilhada. Lembraram-se da professora rechonchuda e mau-humorada que flagrou o desenho pornográfico que fizeram na carteira da sala de aula, do dia em que pularam o muro do colégio para fumar um cigarro na praça em frente à escola, da coleção de revistas em quadrinho que faziam desde a primeira infância, do jogo de vídeo-game que F. sempre ganhava... Contaram também sobre o presente. Falaram sobre negócios, sobre dinheiro, sobre família, sobre mulheres. Eram dois solteiros em busca da mulher ideal que parecia nunca chegar.<br /><br />Satisfeitos com o encontro, ficaram felizes em saber que apesar dos anos que os distanciaram, ainda tinham muitas coisas em comum e que ainda se deliciavam com a presença um do outro. Desejaram e promoveram outros momentos. Passaram a freqüentar o mesmo clube, iam juntos a bares, restaurantes, sessões de cinema, teatro, concertos, boates, cafeterias e quando menos perceberam, se falavam todos os dias.<br /><br />Nunca terminavam a noite separados, nos braços de alguma mulher. Os assuntos eram tão envolventes que não conseguiam focar a atenção em outra coisa que não fosse o que o outro tinha a dizer. F. gostava do jeito com que D. falava sobre os detalhes das coisas e D. se impressionava com a memória para fatos que F. tinha. Riam juntos, falavam juntos e a sensação era de que um lia os pensamentos do outro. A afinidade era impressionante.<br /><br />Passaram a comemorar suas conquistas e a lamentar seus fracassos. F. ensinou a D. a experimentar bons vinhos e D. ensinou a F. a cozinhar deliciosos pratos. Muitas vezes passavam os fins de semana dedicando-se a dividir essas experiências. Alugavam um clássico do cinema e se esparramavam no sofá. Não tinham vergonha de chorar durante aquela linda cena romântica em que Rick e Ilsa se reencontram em Casablanca.<br /><br /><div>D. adorava a maneira de se expressar e a propriedade com que F. discursava. F. adorava os figurinos de D. e o jeito com que ele amava negociar tudo em sua vida: desde o preço dos sapatos que comprava até a música que ouviriam no carro. D. começou a reparar os longos cílios de F. e gostava do perfume que ele usava. F. começou a notar que D. sempre deixava dois botões da camisa abertos, mostrando sutilmente os pêlos do seu peito.<br /><br />D. reparava quando F. cortava os cabelos e como suas mãos eram fortes. F. passou a perceber que quando D. tomava mais de uma taça de vinho as maçãs do seu rosto coravam, como se estive tímido. D. adorava ver o rosto de F. transpirar quando jogavam tênis e F. adorava o jeito com que D. secava os cabelos depois de sair da piscina. Aquilo tudo era muito novo para ambos, mas não parecia errado e muito menos estranho.<br /><br />No aniversário de D., F. decidiu fazer-lhe uma surpresa. Mandou ao seu escritório um buquê de cravos com os dizeres: “Com amor, F.”. D. recebeu com imensa alegria e ficou realmente deslumbrado. Fez a F. uma ligação para dizer o quão agradecido e homenageado se sentia. F., que não sabia qual seria a reação de D., ficou aliviado e plenamente realizado com a recepção do presente. Aproveitou para convidá-lo a jantar num requintado restaurante francês onde havia feito reservas. D. lamentou não poder comparecer, mas prometeu recompensá-lo.<br /><br />Frustrado, F. voltou para casa naquela noite que tanto desejava desfrutar da companhia de D. que comemoraria a data com a sua família. Colocou no som um jazz melancólico, tomou sozinho uma garrafa de vinho e adormeceu na rede. Tarde da noite o telefone de F. tocou, mas o barulho da chuva e o torpor do vinho o impediu de ouvir. A campainha começou a tocar insistentemente e F. despertou. Correu até a porta e sem verificar quem poderia ser, abriu imediatamente. Deparou-se com D., completamente molhado do temporal que caía. As gotas d’água escorriam pelo seu rosto e pingavam do nariz. Ficaram se olhando por alguns instantes.<br /><br />F. terminou de desabotoar a camisa de D., para que ele se livrasse das roupas molhadas. D. observava F. despir-lhe e não resistiu ao desejo de abraçar-lhe, sem se importar com o frio que sentia ou com as roupas encharcadas. F. retribuiu o abraço com bastante intensidade e sentiu que transmitia a D. o calor que sentia naquele momento.<br /><br />Por um breve momento afastaram-se. F. encostou a sua face na face de D., que sentiu a barba mal-feita de F. arranhar gentilmente o seu rosto. F. colocou a mão no peito de D. e deslizou-a por todo o seu tórax, sentindo os seus dedos escorregarem pelos pêlos molhados. Sem que se dessem conta, seus lábios se tocaram. Suas salivas tinham o exato gosto que imaginaram. Suas línguas gentilmente se acariciaram.<br /><br />Fecharam a porta. D. tirou a camisa de F. que agora estava molhada pelo abraço. F. passou as mãos nos cabelos macios de D. que agora tocava o seu rosto. Terminaram por tirar toda a roupa e se abraçaram. Deitaram-se no sofá e se abraçaram e se beijaram por horas, até adormecerem.<br /><br />Na manhã seguinte, F., que se levantou mais cedo, preparou o café da manhã. Sem que ele percebesse, D., de pé atrás da porta, o observava colocar na mesa as frutas e o mel. Quando F. pegava os talheres na gaveta, D. o abraçou pelas costas e beijou-lhe a nuca. F. acariciou os seus braços e disse: “Que esse seja o primeiro de muitos ‘bons dias’”, virou-se e beijou-lhe os lábios.<br /><br />Se foram felizes para sempre, não sei. Mas aquele foi o dia mais feliz de suas vidas, até agora.</div>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-16991970985151665802010-07-03T14:11:00.000-07:002010-07-03T14:25:14.624-07:00A dor do pensar<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsP_Mwhn3E0SaQgffp_lW7EdKC7oK7N1-KUTWtOhru5XyUtf2cKHav12YdP8Q2ElK_GzW2o1sfIiL8ZAQmWSeWVsvmRbp60Id-_6vO7qVA4m5wCVLMqniO0QFWV1eviRAE9gr8d9H7ZKhV/s1600/giveup.jpeg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 135px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsP_Mwhn3E0SaQgffp_lW7EdKC7oK7N1-KUTWtOhru5XyUtf2cKHav12YdP8Q2ElK_GzW2o1sfIiL8ZAQmWSeWVsvmRbp60Id-_6vO7qVA4m5wCVLMqniO0QFWV1eviRAE9gr8d9H7ZKhV/s200/giveup.jpeg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489794092928523106" /></a><p class="MsoNormal">Queira desculpar-me, mas estou farta! Não quero, não posso e não consigo mais. Se você tem um último suspiro de esperança, então me diga como farei para suportar tudo isso. Eu achava que era abençoada com todo o meu senso crítico, mas hoje eu vejo que tudo isso não se passa de uma sina. Dói demais. </p> <p class="MsoNormal">Quisera eu ter condições de me afundar na mais tenra ignorância e me confortar nela, mas o caminho que eu fiz não tem volta. Eu gostaria de olhar nas ruas apenas pessoas, num aglomerado apenas multidão, na fumaça apenas fogo, na música apenas melodia, na tristeza apenas lágrimas, na pobreza apenas o desprovimento, no abraço apenas o carinho, no discurso apenas palavras. Mas não tem jeito! Não tem conserto. Estou condenada.</p> <p class="MsoNormal">Já me afoguei no álcool, já me dopei no ópio, mas nada amenizou. Não teve efeito sobre os meus olhos que vêem esse mundo vil. Para ser sincera, talvez tenha tido efeito contrário. Já pensei em desistir, mas por orgulho não me darei por vencida! Já pensei no isolamento, mas não aprendi a ser sozinha. Já tentei deixar meu ceticismo, mas a religião é muito suja e a igreja muito baixa. Já busquei a espiritualidade, mas sou racional demais.</p> <p class="MsoNormal">Já não leio mais, não estudo, não escrevo. Larguei de tudo isso. Mas o que eu não consigo é deixar de refletir. Eu gostaria de conseguir me deixar ser abusada, explorada, enganada sem perceber o que se passa, mas é mais forte do que eu. Eu vejo, eu sinto e me revolto. Gostaria de me calar diante da desigualdade ou de nem conseguir notá-la, mas aos meus olhos é impossível.</p> <p class="MsoNormal">Estou cansada de novelas com final feliz, a vida não é um arco-íris. O mocinho nem sempre se dá bem e o vilão é sempre o maior beneficiado. Nem todos os mártires deixam seguidores e quando lembrados, são pintados pela estupidez. Veste-se nos militantes o uniforme do radicalismo, a maioria dos políticos é corrupta, os humanos se traem, a mulher apanha, a criança morre, o idoso sofre. O que fazer com tanto individualismo? De onde vem esse narcisismo?</p> <p class="MsoNormal">Pouco importa a tecnologia quando a raiz dos nossos problemas está podre. Onde está a essência dos homens? Eu vejo aparências, vejo máscaras, supérfluos e superficialidades. Mas feliz eu seria se só isso eu enxergasse. O que me dói é ver além de tudo isso. </p> <p class="MsoNormal">Eu queria encontrar minha felicidade no resultado de uma competição televisiva, de um jogo de futebol, na compra de um objeto, no contracheque de todo mês. Não consigo mais sentar na praça em dia de domingo e tomar um sorvete sem deixar de notar a imundice das nossas ruas. Não consigo passar na porta de uma escola sem pensar na precariedade da nossa educação. Tenho vontade de abrir as portas dos asilos, dos hospícios, dos internatos, dos conventos.</p> <p class="MsoNormal">Qual será o meu fim? Será a loucura? A insensatez? Da alienação já desisti. </p> <p class="MsoNormal">Eu achava que era um presente eu ser assim. Achava que era uma salvação, mas mais parece uma prisão, um cárcere. Estou cansada dessa luta passiva e silenciosa que acomete meus pensamentos, sonhos e reflexões. Estou farta de lutar só e comigo mesma.</p> <p class="MsoNormal">Deixe-me no meu pessimismo, na minha desesperança, na minha indignação. Já não posso, já não quero, já não consigo.</p>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-54557100498247475162010-07-02T20:17:00.000-07:002010-07-03T09:38:36.106-07:00A proximidade de um amor<object width="400" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/JnLULIGekIA&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/JnLULIGekIA&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="400" height="385"></embed></object><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkucmBfE1FC6qkKe-wQdLRktf9VwhxnjmwQVTpcRnsyEHMx-BKp9HLRhCOxQ2DbU3BZSaZ_3uy4JX1dfN7KliHVDnmAh8x3MnI_1WoO_Yr7Q3S59g43EUzQFdUoJLKSBQIiiNNEr50WFyA/s1600/Abra%C3%A7o1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 182px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkucmBfE1FC6qkKe-wQdLRktf9VwhxnjmwQVTpcRnsyEHMx-BKp9HLRhCOxQ2DbU3BZSaZ_3uy4JX1dfN7KliHVDnmAh8x3MnI_1WoO_Yr7Q3S59g43EUzQFdUoJLKSBQIiiNNEr50WFyA/s200/Abra%C3%A7o1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489515751589025522" /></a><p class="MsoNormal">Fazia quase vinte dias que ele fechou a porta carregando as malas depois de lhe dar um beijo de despedida e declarar seu amor. Mas parecia mais. A saudade tinha se transformado num sintoma que provocava taquicardia, suor frio, tremor, boca seca, e só tinha um remédio: o retorno. E ele ia chegar.</p> <p class="MsoNormal">À medida que percorria o caminho de volta ele conseguia sentir o toque das mãos dela, o cheiro dos seus cabelos compridos e ouvia suas gargalhadas. Era quase como uma alucinação. A cada segundo ela ficava mais próxima.</p> <p class="MsoNormal">Sem exageros, ela vestiu um lindo vestido azul marinho, pintou os lábios num rosa sutil e calçou as sandálias novas. Seus olhos estavam enfeitados pelo brilho da expectativa, sem precisar de mais realce. Ela fez a comida predileta dele, comprou o vinho que ele gostava e, para a sobremesa, escolheu morangos com chantilly, por que ela achava sensual.</p> <p class="MsoNormal">Ele decidiu parar no meio da estrada para verificar se a sua camisa estava muito amarrotada. Ajeitou com a mão os cabelos e passou o perfume que ele usava no dia em que se conheceram. Não sabia se comprava flores ou se apenas levava um souvenir. Optou pelos dois.</p> <p class="MsoNormal">Ela queria que ele chegasse logo, mas que fosse cauteloso na estrada. Se perguntava se ele sentia dela a mesma falta que ela sentia dele. Ela queria saber se os dias dele estavam incompletos sem ela como os dela estavam sem ele. Decidiu ligar a televisão. Nada lhe interessava por que não conseguia se concentrar. Cruzava as pernas no sofá, depois descruzava para não atrapalhar o vestido.</p> <p class="MsoNormal">Ele parou no posto para abastecer. Não que o combustível estivesse acabando, mas não queria correr o risco de que algum inconveniente o deixasse um minuto a mais distante dela. Colocou no som a música que tocava quando ele a pediu em namoro. Ficou relembrando daquela viagem que fizeram à praia, mas que ficaram na sombra tomando cerveja e fumando um cigarro. Foi ótima! E pelo simples fato de estarem juntos.</p> <p class="MsoNormal">Ela também ligou o som, mas decidiu ouvir a música da primeira transa deles. Eles não haviam planejado nada. Foram movidos pelo imediatismo do desejo de se possuírem, e naquele momento tinham a certeza de que era aquilo que deviam fazer. Nunca se arrependeram e essa lembrança lhes é sempre nostálgica.</p> <p class="MsoNormal">Ele percebe que falta pouco, mas quando falta é por que continua distante. Ele começa a pensar em como eles amadureceram ao longo desses anos e que ela foi tolerante, paciente. Também lembra dos faniquitos dela. Acha graça e fica aliviado por eles comporem um fato passado.</p> <p class="MsoNormal">Ela decide verificar mais uma vez se tudo está no seu devido lugar. Confere o jantar, a temperatura do vinho, a posição das cadeiras na mesa, se há borrão na maquiagem, o vestido, as sandálias e de repente ela ouve o barulho do carro dele entrar na garagem. O sangue ferve nas veias, mas ela tenta disfarçar o entusiasmo por que desconhece as expectativas dele.</p> <p class="MsoNormal">Ele ajeita pela última vez o cabelo e barba no retrovisor. Pega os presentes que comprou para ela e sai do carro tentando conter a respiração ofegante. Os dois se encontram na metade do lance de escadas que agora os separava.</p> <p class="MsoNormal">Pouco importou o vestido, o perfume, os presentes. Eles se fundiram num beijo ardente e entrelaçaram seus corpos. Não se interessaram pelas roupas, ou pela posição das cadeiras. Nem passaram da porta. Se entregaram um ao outro ali mesmo, com a intenção de esgotar a saudade, a falta, o desejo que parecia não ter fim.</p> <p class="MsoNormal">Agora, juntos, chegaram à conclusão de que os detalhes apenas compõem a expressão do desejo de estar próximos e preenchem o tempo de ausência. Impressionaram-se com o fato de que muitos anos de companhia e proximidade fazem com que vinte dias pareçam uma eternidade de vontades nunca satisfeitas. Prometeram continuar se amando.</p>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-5658070606808572342010-07-02T20:08:00.000-07:002010-07-02T20:15:52.344-07:00A distância de uma paixão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPzmcgoR99N_ms-WFxrI__MidtHY_Pu0PJCJ2A_e99ExVYM2-jkWD7E259FtRBYkEL6G8HTRQW8JP096_xx7BSBsxFEgtUDxxQOKg_QO4cf34kJ7kMPM-lro9inDCyh1AO9WizJzt3Dgi2/s1600/cartas.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPzmcgoR99N_ms-WFxrI__MidtHY_Pu0PJCJ2A_e99ExVYM2-jkWD7E259FtRBYkEL6G8HTRQW8JP096_xx7BSBsxFEgtUDxxQOKg_QO4cf34kJ7kMPM-lro9inDCyh1AO9WizJzt3Dgi2/s200/cartas.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489513289087656898" /></a>O olhar dele pescou o perfil dela no meio da multidão. Subitamente ele a questionou e ela respondeu objetivamente. Alguma coisa nele chamou a atenção dela e não era beleza, definitivamente. Ela não estava disponível para perceber a graça alheia e não estava ali para isso. Mesmo assim ele insistiu. Ela não deu continuidade. Havia tantas belas ao seu redor que ela não imaginou que pudesse haver qualquer interesse da parte dele. E de fato não havia. Ele apenas sentiu que deveriam conversar.<br /><br /><div>Num momento seguinte, estavam trocando gostos e telefones, mas sem explicação aparente. Ele disse que queria vê-la de novo, mas sem demonstrar afeto.<br /><br /></div><div>Por sentir que deveria, ela foi embora e nem ao menos se despediu. Não havia espaço e nem motivo para isso. Ele era apenas um desconhecido.<br /><br /></div><div>Ela se foi, sem deixar de pensar em quão singular foi aquele momento, mas ao mesmo tempo sem deixar de considerar o quão insignificante aquele fato parecia.<br /><br /></div><div>Na manhã seguinte foi surpreendida por uma mensagem, cujo remetente era “o desconhecido”. O conteúdo não tinha importância. Na realidade era uma mensagem implícita que dizia “estive pensando em você”. Ela respondeu inocentemente na expectativa de dizer “continue a pensar em mim”. E assim a história começou.<br /><br /></div><div>Eles não sabiam exatamente o que sentiam e muito menos se se sentiam autorizados a sentir qualquer coisa. E foi nesse ímpeto, na emoção do proibido, que se inclinaram a continuar aquela história. Não era um romance. Não tinha amor. Tinha desejo, tinha afeto. Não sabiam de onde e nem por que, mas se queriam.<br /><br /></div><div>Entretanto, algo muito maior os impedia de se possuírem: a distância. Eram muitas milhas a separar seus corpos e pensamentos, que ao mesmo tempo pareciam conectados. Ela queria se sentir mais bela para fantasiar sobre as noites lindas que nunca tiveram juntos. Ele exercitava seus argumentos para ser mais sedutor.<br /><br /></div><div>Passavam os dias lembrando um ao outro da vontade de dividir vontades, dividir sonhos, canções, presente, presença. Impressionavam-se com a coincidência de sentimentos comuns. Trocavam correspondências, trocavam confidências, revelavam sentimentos, se revelavam, se apaixonavam. Era isso, era paixão.<br /><br /></div><div>Já não trabalhavam, já não comiam, já não se concentravam. Sentiam o corpo estremecer com as palavras, por que isso era tudo que tinham um do outro: palavras. Criavam roteiros onde se tocavam, se acariciavam, se possuíam. Na imaginação, faziam amor e depois se amavam.<br /><br /></div><div>Tinham histórias parecidas. Eram como opostos e ao mesmo tempo como iguais. Se aprendiam e se ensinavam. Trocavam fotos. Suas mentes estavam repletas um do outro, todas as lacunas preenchidas por seus rostos. Ele a desenhava em seus sonhos. Ela o cantoralava em sua afeição.<br /><br /></div><div>Os dias passavam e eles contavam com o carinho de seus dizeres. Encantaram-se com os verbos, com os adjetivos, mas era abstrato, sem substantivo. Eram uma idéia, nunca um fato. Eram intenções e não ações. Eram fantasia e jamais realidade.<br /><br /></div><div>Passaram a temer a ausência de suas vozes, a falta do calor. Queriam continuar a se querer. Desejavam persistir no suspiro e no torpor das noites dedicadas a criar em sonhos uma linda biografia. Foram retomando seus fôlegos e o coração retomava o seu ritmo normal. Foram desembaçando seus olhos. Mesmo sem o abraço, sem o toque, se transformaram. A conjugação dos verbos ficou no passado, ainda que o bem que se proporcionaram continuasse no presente.<br /><br /></div><div>O tempo acalentou o desejo, aquietou a vontade. As cartas viraram bilhetes. Os sentimentos viraram memória. E a distância pôs um fim nessa história.<br /></div>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-49913287904501578612010-07-01T19:29:00.000-07:002010-07-02T05:40:22.063-07:00Era ela...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6lrYFIW59ULt0wvddlzhYcQwDnNzcLoy80AmMfNwf6Em49AO4mC1TQ6wvrmTfgeWbWuuyf0nv3RGtWMK1BZ3uAkHaTWBt6fc6TkEaoKnqd-JPETk4PlJkrSOySlWD7nL9t5YHlY1aNBoA/s1600/sozinha-na-chuva.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 200px; height: 120px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6lrYFIW59ULt0wvddlzhYcQwDnNzcLoy80AmMfNwf6Em49AO4mC1TQ6wvrmTfgeWbWuuyf0nv3RGtWMK1BZ3uAkHaTWBt6fc6TkEaoKnqd-JPETk4PlJkrSOySlWD7nL9t5YHlY1aNBoA/s200/sozinha-na-chuva.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489134980152570450" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:1; mso-generic-font-family:roman; mso-font-format:other; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} @font-face {font-family:Calibri; panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1073750139 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt; margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:10.0pt; line-height:115%;} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;} </style> <![endif]--><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1107304683 0 0 159 0;} @font-face {font-family:Calibri; panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1073750139 0 0 159 0;} @font-face {font-family:Georgia; panose-1:2 4 5 2 5 4 5 2 3 3; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:647 0 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt; margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:10.0pt; line-height:115%;} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Ela nunca foi linda... Na verdade, ela não era nenhum padrão de beleza. Era charmosa, agradável, simpática, afável, acolhedora e, por esses atributos, todos se sentiam bem ao lado dela.
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Gostava de música. Sua vida sempre teve uma trilha sonora. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Sua infância foi divertida. Sua adolescência foi intensa. Teve ídolos, paixões e muitos amigos. Ela era muito emotiva e achava que tudo na sua vida era para sempre. Frustrava-se muitas vezes.
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Nunca lhe faltaram amigos. Aliás, sempre sobraram companheiros. Nunca estava sozinha e às vezes tudo o que queria era estar consigo mesma. Era alegre, era afetuosa, era receptiva. Como se não bastasse viver as suas próprias dores, tomava para si as dores do mundo. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Sonhava! E como sonhava... Não tinha sonhos de riqueza ou de fortuna, tinha o sonho de ser feliz e, apesar de não se iludir com um mundo perfeito, sabia que ele podia ser melhor e mais harmonioso.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Fazia sua parte. Sempre!
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Não acreditava em Deus, mas numa força universal que conecta todos os seres humanos, mais ou menos como um fundamento jungiano. Era cética e, em alguns momentos, racional demais, sem deixar de crer no poder do "amor".</span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Falando em amor, nunca viveu a expectativa de acordar aos 35 anos com um marido e um casal de filhos numa casa com quintal, fazendo churrasco aos domingos e tomando café da manhã em família, como na novela das nove. Mas queria alguém para dormir ao seu lado aos 70 e poucos alisando seus cabelos grisalhos. Sem pressa, ela esperava esse alguém chegar.
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Nem por isso deixou de amar muitos. Amou por alguns anos, por alguns meses, semanas e às vezes até por algumas horas. Não se prendia aos pudores. Fazia sexo e fazia amor. Teve quase todos os homens que quis e chegou a ter alguns que não quis. Convites não faltaram: jantares à luz de velas, sessões de cinema, passeios ao parque, piqueniques na praça... Nem todos ela aceitou.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Não se imaginava dançando agarradinha à meia-luz e ao som daquela música romântica que tocava na rádio, mas esperava ser surpreendida com um beijo ardente num animado show de rock ou numa danceteria badalada. Não esperava telefonemas no dia seguinte a uma noite de transa ou de carícias. Não esperava flores, nem chocolates, nem jóias, nem cartas. Mas pensava que seria uma delícia encontrar na caixinha de correspondência um par de ingressos para aquele concerto incrível.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Era vaidosa, sim. Mas não passava seus dias a se preocupar se agradava ao olhar de todos. Gostava de fazer compras, mas o que gostava mesmo de comprar eram sapatos. De todos os tipos. Gostava de bolsas, de vestidos, mas sempre achou que o detalhe dos brincos era fundamental para transformar um figurino. Gostava de criar, inventar, mudar o seu visual. Ela adorava novidades. E por isso mesmo, adorava descobrir que ela tinha inúmeras possibilidades para sua aparência. Mudava o cabelo, pintava as unhas, pintava os lábios, os olhos...</span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Ela tomava leite quente de manhã. Às vezes com café, às vezes com chocolate, às vezes só leite. Adorava tomar banho de manhã e escolher um perfume que tinha o cheiro do sol daquele dia. Ou o cheiro das nuvens, ou da chuva. Cada dia tinha um cheiro, uma cor, um gosto. Adorava ouvir o barulho do seu andar ecoar no saguão do prédio, dava bom dia ao porteiro e a quem mais cruzasse o seu caminho. Mudava o seu caminho para parecer que estava indo para um lugar diferente, mesmo que estivesse indo para o lugar de sempre.
<br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Tinha sempre o bom humor de uma criança em noite de natal. Ela era doce, gentil. Gostava de crianças, de idosos, de adolescentes, de mendigos, de loucos, de taxistas, cobradores, caixas, atendentes, telefonistas. Ela via graça em todos que compunham o seu cotidiano.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Adorava o barulho do centro e o silêncio do campo. O som da chuva lhe dava sede e o latido dos cachorros sempre a assustava. Adorava viajar a noite para ver as estrelas na estrada. Sempre que ela sentava, colocava os pés pra cima e quando deitava encolhia as pernas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Adorava receber torpedos contando novidades ou mesmo desejando um bom dia. Não gostava de ver as pessoas chorando, sofrendo, mesmo que ela já tivesse feito alguém chorar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Adorava ler. Lia revista em quadrinhos, jornais, romances e artigos científicos. Ela achava que sabia de um monte de coisas, mas muitas vezes não se dava conta da sua ignorância.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Ela gostava de andar de ônibus por que quando ele balançava, ela tinha sono. Gostava de andar de carro com a janela aberta para sentir o vento no rosto, mas não gostava de bagunçar os cabelos. Ela tinha muito frio no inverno e muito calor no verão. Acompanhava no calendário quando era solstício e quando era equinócio, só para ver se as folhas de outono caíram na época certa ou se as flores da primavera já haviam brotado como deveriam.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-family:georgia;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;">Ela era simples, mas também sofisticada. Ela era meiga e tempestuosa. Era delicada e bruta. Era serena e intempestiva.
<br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-family:";font-size:10pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">Ela era assim. Ou era mais ou menos assim. Mas era ela.</span></span><o:p></o:p></span></p> <span style="line-height: 115%;font-size:20pt;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;"></span></span><o:p></o:p></span> Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-61027865747447836492010-02-10T15:54:00.000-08:002010-07-02T20:08:29.493-07:00INFORMAÇÃO QUE NÃO SE COMPRA É FÉ QUE SE TEM<a href="http://1.bp.blogspot.com/_bayJfHE0YPU/S3NKE-2QV6I/AAAAAAAAAEM/Zid_FRsKLYA/s1600-h/Morte.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 135px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5436770624616814498" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_bayJfHE0YPU/S3NKE-2QV6I/AAAAAAAAAEM/Zid_FRsKLYA/s200/Morte.jpg" /></a><br /><div>Com a proliferação da internet quase não se tem mais informação inacessível. O que quer que se precise saber , o Google nos conta. Os vendedores de enciclopédia que batiam de porta em porta, tiveram que se atualizar e se transformaram em vendedores de telemarketing dos provedores de internet.</div><div><br />Aqueles imensos livros que catalogavam informações de “A a Z” não ocupam mais espaço nas nossas estantes. Na verdade, estantes de livros viraram artefatos decorativos em alguns lares. Em outros, são sintomas do conservadorismo de alguns intelectuais. As campanhas promovidas pelo governo para estimular a leitura, começam a nos soar ultrapassadas. Já as campanhas de inclusão digital, nos parecem absolutamente pertinentes. E, essa forma, os livros continuam custando muito caro, levando-se em conta a tão conhecida “lei da oferta e da procura”. A idéia agora é criar livros digitais.</div><div><br />No entanto, existem informações que não se encontra nos melhores livros, e nem o mais eficaz site de busca nos provê. Mesmo todo o estudo do mundo nos conserva ignorantes e não consegue abarcar alguns dados. Cientistas, médiuns, tarólogas ou videntes (levando em conta todo o meu ceticismo) não conseguem prever determinados fatos. Até a meteorologia anda falha.</div><div><br />Eu sempre busquei ampliar meus conhecimentos. Sempre acreditei que o aprendizado é como um espiral sem fim e que toda informação nos leva a outra numa seqüência interminável. Por essa razão, sempre investi na minha formação.</div><div><br />Num dia de feriado nacional, designei meu tempo livre à audiência de mesas redondas e debates num congresso da Associação Brasileira de Ensino da Psicologia. Depois de ter passado o dia digerindo informações tão ricas e complexas, justamente sobre educação e transmissão de conhecimentos, desliguei meu processador mental ao entrar no ônibus de volta para casa.<br /></div><br /><div>Num ponto mais a frente entrou no ônibus um casal com seus dois filhos. Não consegui evitar ouvir a conversa que estabeleciam, e então soube que estavam indo ao zoológico. No meio do caminho, numa das principais avenidas de Belo Horizonte, há um muro grafitado com desenhos de pontos turísticos da capital: a Igreja da Lagoa da Pampulha, a Casa do Baile, o Museu de Arte Moderna e, também, um desenho do próprio arquiteto dessas grandes obras – Oscar Niemeyer.<br /></div><br /><div>Uma das crianças fez um comentário que chamou minha atenção, particularmente por que naquela mesma semana eu havia ido ao Palácio das Artes assistir a uma exposição sobre a vida e obra de Niemeyer. O menino, que aparentava uns oito anos de idade, apontou para o grafite e disse: “Olha, pai! Aquele ali é o Niemeyer, sabia?”, ao que o pai respondeu: “Sabia. Ele já está bem velhinho. Disso você sabia?”. “Aham. A professora contou para a gente que ele tem 101 anos. Eu acho que não vai demorar pra ele morrer”.<br /></div><br /><div>Depois de uma pequena pausa o irmão do menino, que sugeria estar no auge do seu quarto ano de vida, pergunta também ao seu pai: </div><br /><div>– Oh pai, quantos anos você tem?</div><div><br />– 32. – respondeu o pai.</div><div><br />– E a mamãe?</div><div><br />– 29. – Respondeu a própria mãe. Mais uma pausa se fez para o menino compreender o que acabara de ouvir.</div><div><br />– E quando é que você vai morrer, pai? – o menino retomou o interrogatório.</div><div><br />– Eu não sei. Espero que daqui a muitos anos.</div><div><br />– E eu?</div><div><br />– Espero que nunca. – disse o pai com a intenção de expor algum afeto.</div><div><br />– E a mamãe?</div><div><br />– Depois de mim, espero.</div><div><br />– Mas quantos anos ela vai ter quando morrer?</div><div><br />– Eu não sei, filho. Essas coisas não se têm como saber. Só mesmo Deus sabe.</div><div><br />A resposta do menino foi certeira:</div><div><br />– Nossa, pai! Mas você não sabe de nada, hein?!</div><div><br />A era da informação a jato criou homens (ou meninos) famintos de respostas. O não contentar-se com o não saber é o que sustenta a ciência e, também, a fé das religiões e a fé no sobrenatural, nesses tempos de racionalidade e louvor ao conhecimento. Uma vez que a ciência não explique e a internet não responda, precisa-se crer na existência de uma instância superior que tudo sabe, tudo vê e tudo controla. Se, ainda assim, a resposta demorar a chegar ou nunca vir, pelo menos existe a esperança de que depois da morte tudo se explicará. Mesmo que não se tenha, a princípio, data marcada para morrer.</div><div><br />Sugiro aos meus nobres colegas psicólogos que comecem a rever as técnicas da psicanálise que consistem em não prover os pacientes de respostas. Caso contrário, os perderemos para os gurus espirituais, pastores, padres e afins... Bom, se essa saída servir para acalentar seus sofrimentos, ainda que sob a pena da alienação, não faz mal... Pensando bem, será que existe psicólogo nas instituições religiosas?</div>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-21301049042123331842010-02-05T20:45:00.000-08:002010-02-05T21:03:29.378-08:00AUTO-AJUDA: RETROALIMENTAÇÃO DO NARCISISMO CULTURALO desenvolvimento da ciência, como conseqüência da exploração da natureza pelo homem, invadiu casas, intimidades e mentes. Os avanços tecnológicos exigiram uma resignificação do cotidiano e, conseqüentemente das subjetividades. A humanidade, ainda que tenha feito muitos esforços para se enquadrar aos padrões da racionalidade, não conseguiu acompanhar o progresso científico proposto pela modernidade e alicerçado no Iluminismo.<br /><br />A pós-modernidade se transformou no tempo de contestação da concepção racional do homem contemporâneo. Seu discurso questiona os meios através dos quais a tecnologia atingiu tamanha evolução e questiona se realmente valeram a pena, sem, no entanto, frear seu processo de crescimento. Diante desse conflito entre preservação e desenvolvimento, os homens se situam sem referência ou direção. Querem e precisam dar espaço às emoções, respeitar seus limites físicos e psíquicos, mas, simultaneamente, necessitam tornar elásticas as suas fronteiras, para conseguirem acompanhar o ritmo das novidades e inovações tão constantes e cada vez mais exigentes. Não há espaço para a emoção e o sofrimento nesse cenário. Homens competentes são aqueles tão autônomos quanto as máquinas e que atingem as menores margens de erro. Esse tão alto padrão de exigência leva os indivíduos a buscar adaptação de forma a satisfazer esse ideal de homem.<br /><br />A lógica de mercado do capitalismo, transposta aos sistemas humanos, estimula a alta competitividade entre os indivíduos. Para não sucumbirem diante dessa lógica egocêntrica do ‘cada um por si’, são criadas estratégias narcisistas que tem como objetivo tornar o homem autosuficiente na necessidade de ser amado. Porém, em alguns momentos esses sujeitos são embargados pelo seu excesso de racionalidade e obrigados a reconhecer sua fragilidade e humanidade. Mas, ainda nelas, psiquicamente, os indivíduos se vêem na busca pela perfeição. Para alcançar os objetivos dessa busca é preciso, primeiro, estabelecer modelos que são diversos no mercado da subjetividade, a partir da lógica capitalista.<br /><br />A literatura de auto-ajuda fornece incontáveis possibilidades de referência para a construção das subjetividades desses sujeitos e, por isso, é tão consumida. A maioria das obras de auto-ajuda compreende que a consolidação do amor-próprio é fundamental para se conceber um sujeito estável e saudável. Para a psicologia, o que se entende popularmente como amor-próprio é similar ao conceito de autoestima e/ou de narcisismo, salvo algumas diferenças. Para essa ciência, no narcisismo cultural trata-se da busca do amor, em si mesmo, pelo homem, como tática de sobrevivência psíquica no mundo marcado pela competitividade que perpassa as relações. A auto-estima positiva é, dentre várias concepções, uma forma favorável de apreciar a si próprio que, contudo, não possui caráter competitivo ou comparativo. Trata-se da avaliação que fazemos de nós mesmos tomando nossos próprios valores como referência, ainda que esses tenham origem no berço social.<br /><br />É possível perceber em algumas obras de auto-ajuda analisadas, apesar de não ser unânime o ensino da consolidação da auto-estima positiva, todas mencionam o termo ou orientam o leitor para o aprendizado da apreciação positiva de si mesmo. Os autores evidenciam a crise da subjetividade e os mal-estares da pós-modernidade, uma vez que endereçam seu discurso aos indivíduos acometidos por eles. Diante da infinitude de escolhas e de identidades dos nossos tempos, os escritores, através da sugestão, oferecem respostas prontas aos mais freqüentes questionamentos acerca da existência. Eles acalentam as almas, mas não contribuem com o processo de responsabilização desses sujeitos, que podem passar a atribuir seus êxitos e fracassos às dicas encontradas em tais manuais.<br /><br />O narcisismo e o individualismo são, por vezes, reforçados através dos conteúdos dessas obras. Para atender a todo tipo de público, muitas vezes as orientações contidas nos livros, dessa categoria literária, dão margem a várias interpretações, podendo ser útil à busca de soluções para alguns ou um reforço para o cárcere cotidiano de outros. A auto-ajuda costuma ser o recurso primeiro das pessoas acometidas pelo sofrimento, mas os benefícios que podem trazer aos indivíduos não substituem as psicoterapias.<br /><br />Para a psicologia é importante compreender esses fenômenos que caracterizam e, em alguns aspectos, assolam a sociedade ocidental contemporânea, uma vez que todo e qualquer indivíduo que venha requerer uma intervenção psicológica está inserido dentro dessa lógica narcisista e individualista, bem como busca recursos para desenvolver sua auto-estima positiva. Esses profissionais, contudo, não estão libertos dessa tendência social e, além de ampliar sua visão a respeito do seu objeto de estudo e compreensão, devem pensar suas estratégias intervencionistas a partir desse panorama. Dessa forma, é possível pensar na aliança entre a auto-ajuda e as técnicas psicológicas para que se alcance um processo de desenvolvimento pleno.Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-54121982901826766862010-02-05T18:27:00.000-08:002010-07-02T05:37:01.805-07:00OS ÓCULOS DA INSATISFAÇÃO<a href="http://2.bp.blogspot.com/_bayJfHE0YPU/S2zkr0C85nI/AAAAAAAAAEE/vg0HJJ46WtM/s1600-h/menina-de-oculos_1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 134px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5434970291685877362" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_bayJfHE0YPU/S2zkr0C85nI/AAAAAAAAAEE/vg0HJJ46WtM/s200/menina-de-oculos_1.jpg" /></a><br /><div><p align="left">Desde pequena eu vejo o mundo meio distorcido. Mas não se trata de uma distorção filosófica, social ou psicológica. Me refiro à visão, aos olhos.<br /><br />Aos 8 anos de idade me descobri miope: os faróis dos carros excessivamente brilhantes, os desenhos animados com sombras, o quadro negro ilegível e dor de cabeça... Muita dor de cabeça!<br /><br />Recentemente, me esforcei mas não consegui me recordar da minha primeira consulta oftalmológica, em que fui devidamente diagnosticada... O que me levou a pensar sobre isso foi uma situação que presenciei na sala de espera daquele mesmo consultório, 15 anos mais tarde.<br /><br />A paciente, uma menina de não mais que sete anos de idade, acompanhada por seus pais, aguardava, ansiosa e serelepe, ser chamada para dentro do consultório. Entre uma e outra gota de colírio dilatador, ela folheava as revistas, tomava água, andava pela sala, ia ao banheiro... Ela chegou penteada e bem vestida, mas a hora e meia que ali ficou, foi suficiente para que seus cachos se desfizessem e sua saia se revirasse sobre o seu pequeno corpo. Uma criança saudável e faceira como tantas por aí...<br /><br />Ela voltou do consultório e eu ainda aguardava atendimento para solicitar novas lentes de contato. A demora normalmente me irritaria, mas aquela menina me entreteu incrivelmente. Após a consulta, ela adentrou a sala de espera correndo e pulou nos braços de seu pai, que aguardava a ela e sua mãe. A menina tinha um sorriso estampado de uma orelha a outra e seus olhos brilhavam (talvez, também, pelo colírio)!<br /><br />O pai perguntou: "E então? O que disse o médico?". Com a alegria escancarada no tom de voz ela respondeu: "Vou ter que usar óculos... Legal, né, pai?! Agora só falta colocar aparelho!". Não consegui conter o meu riso. E nem o pai dela.<br /><br />Naquele momento cheguei à conclusão de que a infância é o momento da descoberta. O distúrbio da visão da menina perdeu o status de incômodo e ganhou o status de novidade. Por experiência própria, afirmo que os óculos para um miope (especialmente quando se é criança) são como um objeto mágico que faz o mundo se tornar mais nítido, mais belo, menos inóspito. Eles nos dão a chance de ver um mundo diferente, mais coeso!<br /><br />Mas, os seres humanos, como eternos insatisfeitos, se acomodam e se incomodam. Depois de algum tempo, os óculos se tornam a moldura do nosso universo. Se transformam num limite do campo de visão, perdem a mágica. Ao invés de sermos gratos à ciência médica por ter criado uma ótima solução para o nosso distúrbio visual, passamos a querer nunca ter tido problema algum. Os óculos deixam de ser solução e passam a ser próteses. E como próteses, carregam o estigma de sua natureza.<br /><br />Hoje eu vivo um conflito de desejos. Um impossível, o outro sem previsão. Queria poder acordar todos os dias e experimentar a mesma sensação de usar os óculos pela primeira vez. Diante dessa impossibilidade, fico aguardando a estabilização da minha graduação de miopia para poder me submeter à cirurgia de correção. O dia em que esse desejo se realizar, vou experimentar novamente a minha gratidão às tecnologias oftalmológicas.<br /><br />Um viva aos oculistas!</p></div>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-48288125850353080782009-12-16T18:41:00.000-08:002010-07-03T14:39:11.150-07:00Meu discurso de FormaturaNo dia 15 de dezembro de 2009 recebi o título de Psicóloga pela PUC Minas. Fui encarregada de orar pela minha turma de graduação... Eis aqui o meu discurso:
<br /><span style="COLOR: rgb(0,0,0)"><o:smarttagtype name="metricconverter" namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags"></o:smarttagtype><o:smarttagtype name="PersonName" namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags"></o:smarttagtype></span><object id="ieooui" classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D"></object><style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style>
<br /><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} span.apple-style-span {mso-style-name:apple-style-span;} span.apple-converted-space {mso-style-name:apple-converted-space;} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.9pt 70.9pt 70.9pt 70.9pt; mso-header-margin:35.45pt; mso-footer-margin:35.45pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style></span></span><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Queridos colegas, meus amigos,<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Hoje estou aqui com a grande responsabilidade de falar por vocês e para vocês, e me sinto imensamente honrada por isso.<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Muitas vezes é difícil dizer se esses últimos 5 anos passaram rápido ou se o calendário esticou. Fato é que alguns eventos marcaram esse período: votamos em duas eleições, pulamos 5 carnavais, assistimos 1 Olimpíada, 1 Copa do Mundo... Em fevereiro de 2005, p<span class="apple-style-span">ela primeira vez em 26 anos de pontificado,</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">João Paulo II, não faz a oração dominical na</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">Praça de S. Pedro</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">no</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">Vaticano. Em agosto de 2006 é sancionada no Brasil a</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">Lei Maria da Penha, e em dezembro cientistas da NASA encontraram provas da existência de água <st1:personname st="on" productid="em Marte. Em">em Marte. Em</st1:personname> novembro de <st1:metricconverter st="on" productid="2007 a">2007 a</st1:metricconverter> Petrobrás</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">anuncia a descoberta de uma bacia gigante de</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">petróleo</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">e</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">gás</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">no</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">litoral</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">de</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">Santos, transformando o</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">Brasil</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">numa nação exportadora de petróleo. Em outubro de 2008 irrompe a</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">pior crise financeira mundial desde 1929. Em 21 de Julho de 2009</span><span class="apple-converted-space"> ocorreu o m</span><span class="apple-style-span">aior</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">Eclipse solar</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">total do</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span">século XXI.</span><o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Em cinco anos, a Terra girou em torno de si mesma aproximadamente 1.875 vezes, nós fizemos 10 matrículas, cursamos 73 disciplinas, assistimos 6.533 horas de aula, dormimos cerca de 13.125 horas, lemos quilos de papel, gastamos muitos reais em xerox, apresentamos trabalhos, fizemos provas, comemos muitos pães-de-queijo, tomamos litros de café... <o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Entre aulas de laboratório de Fisiologia, pares de nervos cranianos, neurotransmissores, aplicação e correção de testes, validade e fidedignidade, escores, monitorias, visitas ao Raul Soares, prontuários, atendimentos na Clínica da PUC, mais prontuários, muitos estágios curriculares, seminários, congressos, encontros, pesquisas, artigos, editais, filas de DA e DCE, vimos o tempo passar...<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Enquanto isso, nasceram no Brasil, aproximadamente 14 milhões de crianças. Aquelas que vieram ao mundo quando acabávamos de passar no vestibular, já estão sendo alfabetizadas... <o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">O Brasil, em 2009, tem 193.733.795 habitantes. Isso significa que nós temos 193.733.795 possibilidades de descobertas diferentes, e a cada ano que passa, nascem mais 2,8 milhões... E é aqui que mora a beleza da Psicologia.<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Estudar a Psicologia, não nos torna melhor do que os outros. Nos torna melhor do que nós mesmos, melhor do que éramos. Mas sabemos que estudá-la, não nos dá todas as respostas e nem resolve todos os nossos problemas. Estudar a Psicologia consiste em plantar perguntas e mirar interrogações. Ela nos toma, nos envolve, nos contamina. Nossos olhos, marejados dessa ciência, não mais vêem o mundo com as lentes da conformidade, mas com as lentes da transformação.<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Uma vez psicólogos, não mais conseguiremos ver a humanidade como uma massa uniforme e indistinta. Não mais conseguiremos perceber as questões humanas passivamente, sem nos indagar: “o que eu poderia fazer para ajudar a transformar essa realidade?”, ainda que a resposta possa ser: “muito pouco ou quase nada”. E é daí que deve emergir o nosso desejo de aprender, do não contentar-se com o nada ou quase nada poder fazer. Da Vinci disse, certa vez, que <span class="apple-style-span">"aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"...<o:p></o:p></span></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Certa vez ouvi, num discurso como esse, palavras que me provocaram e que acredito nos caberem nesse momento:<o:p></o:p></span></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;"><span class="apple-style-span"><span style="LINE-HEIGHT: 150%">Não é hora de sermos modestos. </span></span><span style="LINE-HEIGHT: 150%">É hora de termos orgulho daquilo que nos tornamos. Não é hora de pouparmos nossos atributos, nossas qualificações. É o momento de exaltarmo-nos! Vejo à minha frente, psicólogos <st1:personname st="on" productid="em florescimento. Profissionais">em florescimento. Profissionais</st1:personname> formados por professores da maior competência, por uma instituição renomada e merecedora desse reconhecimento. Por isso, meus amigos, não devemos economizar na nossa ambição. Nós deixamos de ser estudantes para nos tornar estudiosos. Chegou a hora de pensarmos grande, longe, alto, por que hoje nós podemos!<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Nesse momento, não devemos ser modestos, mas, agora e sempre, devemos ser humildes! Não devemos nunca acreditar que estamos prontos ou acabados. Nós, acadêmicos que somos, devemos ser deferentes ao conhecimento. Esse é um momento em que cabe repetir os clássicos dizeres de Sócrates: “<span class="apple-style-span">Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”.</span> Como psicólogos somos Sujeitos Suposto Saber, sempre prontos para colher de todas as circunstâncias os frutos, e dentro deles as sementes que hão de ser germinadas e que brotarão as flores do conhecimento.<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Juntos, não aprendemos apenas os conteúdos propostos. Juntos, aprendemos a conhecer. Aprendemos o respeito, a igualdade e a diferença num paradoxo complementar. Viemos de realidades diferentes, com idéias diferentes, objetivos diferentes. No entanto, agora dividimos uma mesma realidade, com algumas idéias similares, com objetivos parecidos, unidos por uma, ou por várias Psicologias. Ainda que em algumas circunstâncias tenhamos nos dividido em partes de semelhantes, queiramos ou não, continuamos a compor um todo que interfere no nosso sentido de coletividade, e também na nossa individualidade. <o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Hoje é o nosso dia de brilhar! É o dia em que todos os olhos se voltam para nós. Somos as estrelas do espetáculo. Mas, como não há palco sem bastidores, devemos nos lembrar que há várias pessoas que estão brilhando conosco nesse momento, ainda que mais sutilmente. Muitos foram aqueles que nos deram suporte, presença, carinho, esperanças, amor, amor e mais amor. Dedicamos nossa gratidão aos nossos pais, que em todo o nosso processo de crescimento, tamponaram as nossas imperfeições em muitos momentos, e não pouparam dedicação para nos proporcionar esse lugar. Aos nossos irmãos, que nos momentos difíceis nos estenderam a mão e facilitaram o nosso caminhar. Aos nossos cônjuges e namorados que por vezes assentiram em se abster do calor dos nossos braços, por compreender a necessidade do nosso recolhimento. Aos nossos familiares, orgulhosos de nossas conquistas, que nunca nos deixaram falhar a autoconfiança. Aos nossos amigos, que toleraram nossas ausências, relevaram nossos faniquitos e nossos mau humores, e sempre acreditaram no nosso potencial. Aos professores que compartilharam conosco o que de melhor possuíam, que nos emprestaram seu tempo, sua compreensão, sua confiança, seu afeto, seu carinho e que conquistaram não apenas alunos, mas grandes amigos. Vocês são fonte de inspiração e propulsores do nosso sucesso!<o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Este momento é um marco em nossas vidas. Daqui para frente, cada vez mais, poderemos nos sentir sozinhos na trilha profissional, mas com certeza, em nossos registros pessoais, poderemos buscar a presença de todos aqueles que compõem este título de graduação por nós conquistado. <o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Obrigada a todos vocês que são co-autores dessa história. <o:p></o:p></span></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%;font-family:georgia;color:#ffffff;"><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; COLOR: rgb(0,0,0)font-family:georgia;" class="MsoNormal"><i><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ffffff;">Iolanda Aguiar e Oliveira<o:p></o:p></span></span></span></i></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%"><span style="COLOR: rgb(0,0,0);font-family:georgia;color:#ffffff;">Belo Horizonte - 15/12/2009</span><o:p></o:p></span></p>
<br />Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-89428657524238929412008-10-31T19:28:00.000-07:002010-02-05T19:36:49.978-08:00AMOR-PRÓPRIO, AUTO-ESTIMA E NARCISISMO RASCUNHADOS SOB A INSPIRAÇÃO E REFERÊNCIA DE COSTA E BIRMAN<div style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-family:arial;"></span><span style="font-family:georgia;color:#ffffff;">Marcado pela competitividade, o mundo contemporâneo deixou de viver o capitalismo e passou a sê-lo. A tudo o que ocupa espaço é necessário atribuir serventia, utilidade imediata, para que se faça parte de um universo pertencente. Em outras palavras, a vida do homem pós-moderno é regida por suas necessidades momentâneas e para que se acolha algo (ou alguém) em seu universo é preciso que lhe seja empregado valor e que esse lhe traga satisfação, mesmo que ilusória.<br /><br />A tendência de valoração indiscriminada afeta, não apenas os objetos de troca, mas também o ser humano. Para que o indivíduo atenda à sua condição de ser social, é preciso que ele seja e sinta-se valorizado. Contudo, diferentemente dos produtos industrializados, o homem não carrega no verso um rótulo descritivo ou explicativo, contendo a sua composição, indicação e contra-indicação. Assim sendo, o ‘valor de fábrica’ do sujeito é outorgado por ele próprio e por ele próprio divulgado.<br /><br />As formações sociais são originadas da necessidade humana de relação e só se concebem quando há identificação entre aqueles que as compõem. Em qualquer situação social é implicitamente solicitado aos indivíduos que se exponham, dizendo quem se acha que se é, o que se acha que se quer. Certamente, cada conjunto social possui requisitos aos quais esses sujeitos serão submetidos e, se corresponderem a eles, serão aceitos como seus componentes. Em caso oposto serão rejeitados, não serão pertencentes, não terão valor.<br />Numa analogia, pode-se dizer que o homem é o produto e o meio social o mercado consumidor. Para que o produto seja consumido, aderido, pertencente, valorizado é preciso usar de estratégias de venda para que o mercado consumidor o considere atrativo, útil, sedutor. Não é surpreendente a freqüência com que se ouve falar em “marketing pessoal”. O homem atual precisa ‘vender-se’. Precisa fazer sua própria propaganda, lembrando que é ele quem emprega a ele próprio o seu valor inicial.<br /><br />Por essa razão têm-se hoje um universo inspirado em construir e ensinar estratégias de auto-valorização para ajudar o homem a satisfazer suas necessidades sociais. Pensa-se o alcance do amor-próprio como ideal de auto-valorização. Se se considerar o amor, na contemporaneidade, como a maior expressão de valor que se pode atribuir a algo ou alguém, justifica-se, então, a origem desse ideal.<br /><br />Outro termo bastante associado à busca da saúde psicossocial dos sujeitos é o ‘auto-estima’. Entende-se vulgarmente por auto-estima a apreciação positiva de si mesmo. Logo, percebe-se a estreita relação de ‘auto-estima’ e ‘amor próprio’ e conclui-se, assim, que a busca por sanar as necessidades sociais se fundem à satisfação das necessidades pessoais.<br /><br />Entretanto, retomando a condição capitalista do homem contemporâneo, pode-se dizer que o constante aperfeiçoamento de si mesmo acompanha o ritmo da evolução tecnológica. O homem precisa realçar suas qualidades e omitir seus defeitos cada vez mais e melhor, e para aqueles que acreditam não conseguir amar a si mesmos, existem artifícios para fingi-lo bem.<br />A conseqüência do excesso de zelo, apreciação, preocupação, satisfação de si mesmo, para si mesmo ou por si mesmo é a restrição do mundo do indivíduo a ele próprio. O outro passa a ser pano de fundo e passa a ter para o indivíduo o valor imediato, o valor da sua utilidade. Logo, as relações tornam-se superficiais servindo apenas para que o indivíduo teste sua capacidade de encantar e seduzir, agregando assim mais atributos a si mesmo. Nas palavras de COSTA (2004) “família, pátria, Deus, sociedade, futuras gerações só existem para o narcisista como instrumentos de auto-realização, em geral entendidas como sucesso econômico, prestígio social ou bem-estar físico e emocional” (p.185).<br /><br />Contextualizando, COSTA (2004) fala de uma crise de valores do nosso tempo. Afirma que “o processo de globalização econômica enfraqueceu as tradicionais instâncias doadoras de identidade, como a família, a religião, o trabalho, a idéia de Bem comum, etc.”(COSTA, 2004, p. 185). Aliviado dessas referências, o indivíduo passa, então, a basear-se no narcisismo e no hedonismo.<br /><br />“Basear a identidade no narcisismo significa dizer que o sujeito é o ponto de partida e de chegada do cuidado de si. Ou seja, ‘O que se é’ e ‘o que se pretende ser’ devem caber no espaço da preocupação consigo” (COSTA, 2004, p. 185). O narcisismo citado, refere-se à concepção contemporânea de individualismo não susceptível a “ideais de conduta coletivamente orientados” (COSTA, 2004, p.185).<br /><br />BIRMAN (2001) aprofunda afirmando que nas últimas décadas surgiu uma tendência na sociedade Ocidental de fragmentação da subjetividade, da qual se originam outras diversas modalidades de subjetivação nas quais o eu está posicionado privilegiadamente. Substitui-se assim uma subjetividade alicerçada nas noções de interioridade e reflexão sobre si mesma por uma subjetividade pautada no autocentramento e paradoxal à exterioridade.<br /><br />Conseqüentemente “a subjetividade assume uma configuração decididamente estetizante, em que o olhar do outro no campo social e mediático passa a ocupar uma posição estratégica em sua economia psíquica” (BIRMAN, 2001).<br /><br />Essa ênfase à exterioridade e ao autocentramento reflete o direcionamento exibicionista do desejo evidenciando um horizonte intersubjetivo esvaziado e desinvestido das trocas interpessoais (BIRMAN, 2001).<br /><br />BIRMAN (2001) afirma que no atual contexto individualizante, o autocentramento se apresenta “sob a forma da estetização da existência”, em que o importante é exaltar gloriosamente o próprio eu. O excesso de zelo com o próprio eu torna-se “objeto permanente para admiração do sujeito e dos outros, de tal forma que aquele realiza polimentos intermináveis para alcançar o brilho social”.<br /><br />Inúmeros são os mecanismos sociais de comunicação que reforçam a cultura da autovaloração e envaidecimento. No espaço de estetização do eu, o sujeito tem o valor que aparenta ter, vale pelo que parece ser. Esse valor varia de acordo com a produção investida para expor-se socialmente. “A imagem é a condição de possibilidade da sedução e do fascínio” (BIRMAN, 2001). O sujeito passa a ser não o que é, mas o que representa, e o seu reconhecimento é relativo à sua performance. De acordo com BIRMAN (2001), “ser e parecer se identificam absolutamente no discurso narcísico do espetáculo”.<br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</span><br /><br />BIRMAN, Joel. <span style="FONT-WEIGHT: bold">Mal-estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação.</span> Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 3ª ed, 2001.<br /><br />COSTA, Jurandir Freire. <span style="FONT-WEIGHT: bold">O vestígio e a aura: corpo e consumismo na moral do espetáculo. </span>Rio de Janeiro: Garamond, 2004.<br /></span></div>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-48237564329283582142007-10-24T16:22:00.000-07:002010-02-05T19:35:56.346-08:00A SOCIEDADE DE CONTROLE NAS MINÚCIAS DO COTIDIANO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_bayJfHE0YPU/Rx_XC-QiitI/AAAAAAAAAAk/-gppAiq6mS4/s1600-h/Manic%C3%B4mio.jpg"><img style="MARGIN: 0pt 10px 10px 0pt; FLOAT: left; CURSOR: pointer" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5125051347042994898" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_bayJfHE0YPU/Rx_XC-QiitI/AAAAAAAAAAk/-gppAiq6mS4/s320/Manic%C3%B4mio.jpg" /></a><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; TEXT-INDENT: 35.4pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:georgia;">Alarmes, códigos, senhas, radares, detectores de metal, câmeras, celulares, satélites, internet, televisão... Milhares são as formas de confinamento que encontramos disponíveis no mercado. Cada qual com sua finalidade. A insegurança nos induz à busca de vigilância e nos deixa presos porta a dentro de nossas casas.<?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p><br />Acordo cedo. Desarmo o alarme do apartamento. A central de segurança me <b>controla</b>, sabendo exatamente que fui eu quem o desprotegeu. Saio do prédio e, se me demoro, o portão soa um alarme ensurdecedor avisando a todos os vizinhos que alguém o deixou aberto tempo suficiente para que aconteça uma invasão (é assim que eles supõem ser). Tenho 20 segundos para sair em silêncio.<o:p></o:p><br />Pego o ônibus na esquina, logo me assento e vejo o anúncio na parte dianteira do veículo: “Por motivos de segurança, você pode estar sendo filmado”. Suponho que devo comportar-me, já que, como estão todos assustados, podem desconfiar de qualquer movimento suspeito que eu faça. Percebo o motorista reduzir a velocidade diante da placa: “velocidade <b>controlada</b> por radar”.<o:p></o:p><br />Desço do ônibus e entro na farmácia. Uma campainha avisa que passei pela porta. Em cima do caixa uma câmera de vídeo acompanhada do convite: “Sorria! Você está sendo filmado”. O segurança na porta, devidamente uniformizado, me diz, sem qualquer palavra, que, sob qualquer suspeita, posso ser punida. Faço minha compra com o cartão de crédito deixando meu rastro. <o:p></o:p><br />Saio da loja e meu telefone celular toca. É minha mãe querendo saber onde estou, com quem estou, a que horas retorno. Mesmo que a tonalidade de sua voz não transpareça, ela agora <b>controla</b> meus passos.<o:p></o:p><br />Entro no banco e tiro da bolsa todos os objetos metálicos, deposito numa caixinha e, enfim, estou autorizada a passar pela porta blindada com detector de metais. Tiro um extrato bancário. O banco <b>controla</b> meus movimentos financeiros. Mais uma vez as câmeras estão ao meu entorno.<o:p></o:p><br />Entro no shopping, seguranças acompanham meus passos, mais câmeras me observam. Vejo as vitrines convidativas com a última moda exposta, fazendo-me sentir um trapo. Concluo, então, que preciso renovar o guarda-roupa. Faço compras no cartão de crédito denunciando minha ousadia e minha carência por ser notada.<o:p></o:p><br />Pego o ônibus de volta para casa. Pago a passagem com créditos eletrônicos. A administradora do transporte público agora sabe qual ônibus peguei, a que horas, com que destino, quanto gastei na passagem e o meu saldo.<o:p></o:p><br />Chego em casa, passo por todos os dispositivos de proteção. Tomo banho com o shampoo que a modelo eleita a mais bela do mundo recomenda na propaganda. Olho-me no espelho e acredito que estou gorda. Logo penso: “Por que não sou como a atriz da novela das nove?”. Visto minhas roupas novas. Almoço uma salada detestável para garantir que serei como gostaria: magra, esculturalmente magra. <o:p></o:p><br />Ligo a televisão e vejo as personagens da novela ditarem a moda que acabei de aderir. Vejo um corte de cabelo na apresentadora de um programa e decido que devo cortar o meu. Ligo o computador, acesso minha caixa de entrada e vejo uma mensagem confirmando o recebimento do e-mail que enviei à minha amiga que mora fora do país. A mensagem informa o dia e a hora em que foi recebido.<o:p></o:p><br />O controle não é mais algo restrito às prisões ou aos quartéis. Até o cidadão mais honesto e inocente está submetido a um confinamento. Não é mais o nosso corpo que se tranca em quatro paredes, mas a nossa subjetividade que se limita a esse corpo livre e circulante. O que há de se manifestar, então, sob o olhar alheio constante, senão o que os outros gostariam de ver? Há quem ouse dar asas a essa subjetividade, mas o preço que se paga por essa ousadia é o estereótipo de louco, marginal. Existem sobre todos esses aspectos as instituições que manipulam esse controle. A mídia alicerça esse poder na sua condição de explorar os homens na sua fragilidade de necessitar dos olhares alheios, e, para garantir seu sustento, valoriza essa carência de tornar-se o centro. Esse padrão imposto tem adoecido o homem contemporâneo e a saúde se transforma em algo cada vez mais distante e penoso de se conquistar.</span></p><br /><span style="font-family:georgia;">SUGESTÃO DE LEITURA: "Vigiar e Punir" - Michel Foucault</span>Iolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5564340707467399589.post-78782139633860989802007-10-23T19:43:00.000-07:002008-12-11T23:23:04.078-08:00PRIMEIRA VIAGEM...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0tp4hgiHgUJIwHbw25d9Yt7KFc0jWAhp_EAnaqvFZJ4kto4zyOZin8EAf5FdvdhohxsiIMUzqFFO6By5_shbMWBZrznGYM8K-Dx3M9FmCf6hk4KMuwv2qj0y7djVKgeUOhrFAZsnQ7HJn/s1600-h/fogos.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0tp4hgiHgUJIwHbw25d9Yt7KFc0jWAhp_EAnaqvFZJ4kto4zyOZin8EAf5FdvdhohxsiIMUzqFFO6By5_shbMWBZrznGYM8K-Dx3M9FmCf6hk4KMuwv2qj0y7djVKgeUOhrFAZsnQ7HJn/s320/fogos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5125051952633383650" border="0" /></a><br />Cá estou eu, inaugurando o hábito de compartilhar meus pensamentos, sentimentos, gostos e desgostos...<br />Nesse universo de diversidade que é a web, pretendo alimentar as diferenças com minha singularidade. Pretendo questionar, argumentar, debater... Pretendo incomodar e confortar!<br />Para dar início a esse diálogo, deixo palavras de outrem como um convite à reflexão...<br /><br />"Eu sou eu, você é você.<br />Eu faço as minhas coisas e você faz as suas coisas.<br />Eu sou eu, você é você.<br />Não estou neste mundo para viver de acordo com as suas expectativas.<br />E nem você o está para viver de acordo com as minhas.<br />Eu sou eu, você é você.<br />Se por acaso nos encontrarmos, é lindo.<br />Se não, não há o que fazer".<br />Oração da Gestalt<br /><br />"Deixe que digam, que pensem, que falem... Deixa isso prá lá, vem pra cá! Que que tem? Eu não to fazendo nada você também... Faz mal bater um papo assim gostoso com alguém?"...<br />Jair Rodrigues<br /><br />"E a gente vive junto<br />E a gente se dá bem<br />Não desejamos mal a quase ninguém<br />E a gente vai à luta<br />E conhece a dor<br />Consideramos justa<br />Toda forma de amor"<br />Lulu Santos<br /><br />"Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida! E da minha também"...<br />Mutantes<br /><br />"Why should he be treated differently<br />Shouldn't matter who you choose to love"<br />MADONNA - In This Life<br /><br />"Nao me venha falar na malícia de toda mulher<br />Cada uma sabe a dor e a delícia de ser o que é!<br />Nao me olhe como se a polícia andasse atras de mim<br />Cale a boca e nao cale na boca notícia ruim!"<br />Caetano Veloso<br /><br />MSN: iolandaagol@hotmail.comIolandahttp://www.blogger.com/profile/04572091361968322468noreply@blogger.com0